Fábio Lopes
Empresa adota atitudes antiprofissionais
Confesso que fiquei estarrecido com a reportagem do New York Times reproduzida pelo jornal Folha de São Paulo, nesse final de semana, sobre a atitude profissional adotada pela Amazon.
A empresa, com sede nos Estados Unidos, encoraja os funcionários a destruir as ideias dos colegas em reuniões. Uma apologia a desonestidade e a falta de ética no ambiente de trabalho.
Como isso pode acontecer? Nas escolas de ensino profissionalizante não é o que se propõe a metodologia pedagógica para capacitar profissionais para o mercado de trabalho.
A que ponto de autonomia uma empresa de grande porte como a Amazon, com mais de 250 milhões de clientes e nós brasileiros estamos inseridos na lista da empresa, pode agir de tal maneira?
Há uma cartilha com 14 itens considerados princípios de liderança. O funcionário que segui-la recebe o título de “sou peculiar”, ou seja, seguidor das ordens e presos às regras da empresa.
Lá, os funcionários são instruídos a trabalharem muito e sem hora para responder e-mails ou ordens dos chefes. Muitos documentos são enviados depois da meia-noite e os funcionários recebem a pressão de por que ainda não responderam.
A empresa estimula os funcionários a dedurarem o outro para seus respectivos chefes. Falar da inflexibilidade do colega para sabotá-lo mesmo. Um ambiente infernal de trabalho.
A recompensa está nas ações da empresa que engorda o bolso dos que seguem a regra.
O presidente da Amazon, Jeff Bezos, fundador da empresa contesta o jornal americano depois da publicação. O New York Times é um dos mais respeitados jornais do mundo.
Por que eu trago essa informação aqui? Para que possamos refletir sobre nossos valores pessoais e profissionais.
As empresas querem que seus funcionários coloquem em segundo plano a vida pessoal, como a saúde, e familiar entre outros fatores.
Com o passar do tempo e da vida, no corre-corre, precisamos ter a firmeza para priorizarmos a vida pessoal e, em primeiro lugar, a família.
A família que nos acolhe, que é o berço da nossa vida. Quantas pessoas neste mundo de Deus se entregaram de corpo e alma ao trabalho pensando em viver a vida após a aposentadoria?
Nem na aposentadoria muitas chegaram. Morreram com o dinheiro acumulado e sem desfrutar da vida com a família ou sozinha.
As regras da Amazon, se é que sejam assim, e de nenhuma outra empresa não encantem ninguém que se preze em deixar de viver a vida desfrutando um belo dia em companhia de seus familiares.
Que possamos frear e coibir o antiprofissionalismo existente em muitas empresas espalhadas pelo mundo afora e que existem por aqui também com essas ideias avassaladoras.
Seguem os links das matérias originais caso você tenha interesse em se aprofundar sobre o assunto.
Sobre o blog
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Assessor de comunicação da SMTT Arapiraca, professor de Comunicação e Expressão do Senac Arapiraca. Blogueiro com experiência em TV, Rádio, Impresso, Online e Assessoria de Comunicação nos Estados de AL, PE e MA.