Rogério Ferreira
Oito cidades alagoanas tem Metade da população analfabeta
Mais uma vez os números divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que o índice de analfabetismo nas cidades alagoana é preocupante. Os dados apontaram os oito municípios do Estado com pior índice. Com destaque para a cidade de Minador do Negrão, que aparece na segunda posição no País com 43,6%, das pessoas acima de 15 anos analfabetas. Ganhando nacionalmente apenas do município de Alagoinha do Piauí - distante 296 km de Teresina (PI) – com (44%).
Os demais municípios alagoanos são:
Traipu – 42,6% (10ª);
Olho d'Água Grande – 41,9% (12ª);
Branquinha – 41,5% (13ª);
Cacimbinhas – 40,6% (21ª);
Estrela de Alagoas – 40,47% (24ª);
Inhapi – 40,36% (25ª);
Canapi – 40,35% (26ª).
Essa realidade não está nada longe dos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, comparado ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal- IDHM, que mesmo em 2010, já indicava uma triste realidade nas cidades alagoanas, com destaque para três municípios com os piores IDHM:
Inhapi – 0,484 (1ª)
Olivença – 0,493 (2ª)
Olho D`água Grande – 0,503 (3ª).
Confira no link abaixo o IDHM geral:
http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/ranking/
Na contra mão disso tudo estão os Programas do Governo Federal, com incentivos e Bolsas para os estudantes, que em algumas delas até paga ao aluno para que ele vá à escola, além de oferecer transporte gratuito e merenda.
Outra realidade triste é que a maioria dos professores do ensino médio no Brasil (51,7%) não tem licenciatura na disciplina em que dá aulas. Outros 22,1% dos docentes que estão nas salas do ensino médio não têm qualquer licenciatura. Os dados do Censo Escolar 2013, foram compilados pela ONG Todos Pela Educação.
Já Nos anos finais do ensino fundamental, 21,5% não tem qualquer formação no ensino superior e 35,4% dos professores não cursaram licenciatura.
Há também 67,2% dos docentes que não são habilitados nas disciplinas que lecionam. Destaque para o Nordeste com maior deficiência (82,4%). Em Alagoas dados publicados no Anuário Brasileiro da Educação Básica de 2015, apresentaram uma realidade preocupante. 47,8% dos professores do Nível Básico não possuem Diploma de Graduação e apenas 17 % fizeram Pós-graduação. A pesquisa é referente a 2013, fornecida pelo Ministério da Educação.