Gustavo Freire
Elizabete - a melhor mãe do mundo
Queridos leitores, fiquem à vontade para mudar o nome deste título utilizando o nome de suas mamães. Mas, para mim, Elizabete será sempre a melhor mãe do mundo. Na verdade, o que está por vir aqui é um texto sobre a minha história com a minha mãe que talvez possa se conectar com a sua história com a sua mãe e talvez possa fazer sentido para você também.
Por quê é tão difícil escrever sobre mãe sem se emocionar, sem transbordar o coração de amor, sem ficar com um nó na garganta? Tentarei ser sucinto, mas será difícil colocar em poucas palavras o que o meu coração sente ao pensar em minha mãe, aliás, neste exato momento em que escrevo esta matéria, estou transbordando de emoção e amor por ela, Elizabete, a minha mãe. Mas, vamos lá então.
Vida, toda e qualquer vida, cada batimento cardíaco, começa com uma mãe. Uma mãe que aceitou o desafio divino de exercer uma profissão que trabalha 24 horas por dia, num trabalho que requer privação constante de sono, limpeza, ensinamento de valores e muita, mais muita responsabilidade. Mãe que nos carrega durante nove meses em sua barriga e que nos ensina a diferença de certo e errado durante nove, noventa ou mais anos. Mãe que nos ensina a amar Deus, a amar aos outros, a amar a nós mesmos, que reza conosco, que reza para nós, que lê pra gente, que nos ensina o significado das palavras. Mãe é a nossa maior torcedora, a líder mais inspiradora, a rainha da hora do jantar, da hora de dormir, dos feriados e dos dias santos. Mãe que acorda cedo e que dorme tarde, que nos ensina as lições da vida e tudo aquilo que absorvemos com todo o nosso coração. Ela foi, ela é e sempre será a nossa mãe.
Mas, e a Elizabete? Elizabete é uma mãe amável, serena, paciente, amorosa, bondosa, prestativa, sensível, carinhosa, linda, cuidadosa, inteligente, generosa, gentil, espirituosa, sensata, apaixonada por seus filhos, apaixonada pela vida. A minha mãe Elizabete é tudo isto e muito mais. Carrego comigo todos os valores, qualidades e amor que ela me deu ao longo de minha vida.
E a sua história com sua mãe? Tudo bem, chegou a hora. Tentarei descrever aqui. Meu relacionamento com minha mãe sempre foi o mais respeitoso, amável, puro e natural. Não me recordo de um único dia onde saí de uma conversa com ela tendo qualquer tipo de desavença, até porque ela não é desse jeito. Ela não é de discutir, a palavra que resume o que ela é, é amor. Minha mãe é um amor de pessoa. Mas, quero registrar aqui a minha história com a minha mãe através de um reencontro que tivemos depois de três anos e meio distantes. Sem dúvida alguma, aquele foi um dos dias mais importantes e impactantes de minha vida.
Dia 17 de dezembro de 2001. Depois três anos e meio longe de minha família por estar morando fora, depois de vários adiamentos, decidi retornar e rever todos. Na época, trabalhava numa grande empresa, num país de primeiro mundo, mas eu não sabia ainda o porquê, sabia apenas que era hora de voltar.
Ao chegar no aeroporto de Confins em Belo Horizonte, me sentia bem e feliz de estar ali. Ao sair do avião e fazer o percurso andando até a sala para buscar as malas, também me sentia feliz e alegre em estar ali. Coloquei as malas no carrinho do aeroporto e me dirigi até a saída e quando aquelas portas semiautomáticas se abriram, lá estava ela, a minha Elizabete, a minha mãe. Parecia que eu estava no céu. Naquele dia, naquele momento, algo aconteceu comigo e com minha mãe. Choramos copiosamente durante todo o trajeto do aeroporto até o estacionamento e depois do estacionamento até uma parte da viagem entre o aeroporto e Belo Horizonte. Até que chegou um momento em que meu pai pediu para que nos controlássemos. Ele começou a ficar preocupado conosco.
Mas, eu só fui descobrir o que havia acontecido ali treze anos depois. Na verdade, meu subconsciente já tinha sentido a importância de minha mãe em minha vida naquele dia. Mas, minha consciência ainda me torturava. Durante treze anos, minha consciência me perguntava porque havia deixado um país de primeiro mundo onde existe mais respeito aos contribuintes e onde há um melhor qualidade de vida para retornar ao meu país. E foi durante um treinamento de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal que fiz em 2014, que fiz esta descoberta. Pela primeira vez, identifiquei quais eram os valores de minha vida, o que era importante para mim e os critérios pelos quais governava minha vida.
Ao fazer a atividade, no formulário distribuído pelo professor havia vários valores para escolhermos. Mas, em algum lugar, lá estava aquela palavra linda chamada FAMÍLIA. E sem hesitar, marquei esta opção e foi neste momento que comecei a refletir sobre porque voltei. Ora, se os valores são as coisas que são importantes para mim e os critérios pelos quais tomo minhas decisões e o primeiro valor que marco é FAMÍLIA, está claro que retornei pela minha FAMÍLIA, pela minha Elizabete, pela minha mãe.
Convido você, querido leitor, a deixar a sua homenagem para a sua mãe. Informe o nome dela e tudo bem se quiser dizer que estou enganado e que sua mãe é a melhor mãe do mundo. Eu não tenho dúvida disso. Deixe seu comentário, curta e compartilhe este post.
Te amo minha mãe querida! Feliz dia das mães para todas as mães!
Sobre o blog
- Bacharel em Administração de Empresas pela Robert Morris University de Chicago, campus Springfield, Illinois, Estados Unidos (residiu nos EUA por 8 anos). - MBA em Administração de Empresas com ênfase em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. - Professional & Self Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Global Coaching Community da Alemanha (GCC), European Coaching Association (ECA) da Alemanha e Behavioral Coaching Institute (BCI) dos Estados Unidos. - Gerente de Recursos Humanos das Indústrias Reunidas Coringa, fabricante Alagoana de produtos alimentícios com 1.200 colaboradores.