Fábio Lopes
Dilma sai, mas o PMDB não
Dilma sai e o PT descobre um vice que se torna presidente em exercício com um governo elitista.
O Brasil permanece desgovernado. Tudo na política está confuso. Nada absoluto, nada dentro do contexto e nos trilhos.
A redução de ministérios é bem-vinda para diminuir gastos e tentar arrecadar mais para colocar os bois na frente do carro.
Mas, incorporar pastas ministeriais tem gerado atritos e desagradou uma classe privilegiada: a dos artistas. Cultura tem a ver com Educação. Mas, juntá-las não foi nada esperto do governo Temer.
O resultado foram manifestações em São Paulo e outras capitais. Por aqui pelo Nordeste pouco se vê algum ato. Por que será? Estamos conformados?
Na economia a situação é mais tranquila. As águas agitadas do mercado financeiro parecem ter ficado mais calmas, brandas, sem ventos fortes. Só mesmo aqueles que agitaram São Paulo no início da semana.
Para quem reclamava de um novo governo sem mulher no poder, deve estar mais aliviado porque uma pelo menos já chegou. Maria Silva, ex-presidente da CSN vai presidir o BNDES. É prática, entende o mercado e é calculista. Economista de primeira linha e grandeza. Pode dar certo.
Mas, nós ainda estamos anestesiados, sem perspectivas e esperança de um governo sólido e com ares de mudanças para reduzir a inflação e o desemprego.
Porém, Temer mexeu na Cultura e vai mexer nos programas sociais. Vai desagradar ainda mais.
E se o processo de impeachment tiver prosseguimento no Supremo Tribunal Federal (STJ) poderemos ver um outro novo governo. Desta vez, comandado pelo presidente do senado, o alagoano Renan Calheiros, também do PMDB.
Dilma saiu e o PMDB não.
Sobre o blog
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Assessor de comunicação da SMTT Arapiraca, professor de Comunicação e Expressão do Senac Arapiraca. Blogueiro com experiência em TV, Rádio, Impresso, Online e Assessoria de Comunicação nos Estados de AL, PE e MA.