Mozart Luna
Shopping em Arapiraca comemora quatro anos com 30% das lojas fechadas e reclamações da falta de divulgação e segurança.
Funcionários das lojas pedem seguranças e iluminação em volta do shopping e relatam assaltos que são vítimas
O primeiro shopping center do interior de Alagoas completa quatro anos neste dia 25, sendo considerado um marco para cidade de Arapiraca, trazendo para capital alagoana do Agreste uma opção de compras e principalmente de lazer para uma geração, que só encontrava em bares a diversão. Hoje se pode desfrutar de uma moderna praça da alimentação e uma das melhores rede de salas de cinema, que tem sido o grande atrativo para o shopping.
Hoje o empreendimento é um dos maiores geradores de emprego e renda no Agreste, chegando a 2 mil postos de trabalho de forma direta e indireta. Entretanto cerca de 30% das lojas estão fechadas.
Os quatro anos de aniversário do shopping em Arapiraca é caracterizado pela crise financeira, que se abateu sobre o país levando dezenas de lojas a fecharem suas portas. Mas os lojistas não culpam somente a crise. Para eles também falta divulgação do empreendimento nos municípios vizinhos, além do alto valor cobrado pelo estacionamento e do condomínio, que são outros problemas delineados.
Buscamos ouvir os lojistas e funcionários, que falaram com reserva por temerem retaliações e por isso pediram para não revelar seus nomes. Um dos gerentes de uma grande loja âncora ouvido disse que foi preciso realizar sozinho várias peças de publicidade, para atrair o público de Arapiraca e toda região. “Se não fosse assim não conseguiram fazer chegar ao meu público alvo, as promoções que temos”, relata o gerente. “Graças a Deus e a nossa iniciativa conseguimos fazer com que a população soubesse das nossas promoções e assim atraímos nosso público”, disse ele.
Segundo ainda ele as lojas âncoras que estão no shopping são as principais responsáveis pela manutenção dos freqüentadores. Para o lojista a administração do empreendimento realiza campanhas tímidas e capengas de marketing e quando ocorrem são desconectadas da realidade local.
Para uma proprietária de uma loja de artigos femininos, não há divulgação do empreendimento sequer nas datas festivas para atrair os clientes. Para ela quem mais sofre com isso são os lojistas de pequeno porte, que não conseguem pagar o caríssimo condomínio, que é cobrado e terminam fechando as portas. “Nos esforçamos com nossos recursos próprios para chamar nossos clientes, porque não existe marketing”, disse ela acrescentando que o shopping vem usando instrumentos e veículos de publicidade arcaicos e obsoletos, mas usados por quitandas da periferia.
Quem freqüenta o shopping atualmente fica espantado com o aumento de quiosques nos corredores. “Isto é uma prova da fuga dos lojistas”, disse um frequentador. O número de espaços para lojas que estão fechados é enorme e chega a quase 30%, enquanto os quiosques têm proliferado, devido ao preço mais barato que é cobrado pelo condomínio.
Segurança
Um dos grandes problemas também que o shopping em Arapiraca tem sofrido é com relação à segurança. Desta vez a reclamação vem dos colaboradores das lojas. Segundo eles quando termina o expediente às 22 horas, todos saem com medo devido aos assaltos que são vítimas.
O local onde está localizado o empreendimento é distante e fica às margens da rodovia AL 220, onde existe uma grande deficiência na iluminação pública. Também não existe presença da polícia e não há um terminal rodoviário, equipamento que já foi desde o inicio da construção do shopping, pedido pelo grupo empresarial que comanda o empreendimento.
Os empresários também estão preocupados com a redução dos seguranças privados, que fazem o trabalho no shopping. No mês de agosto houve uma ocorrência de assalto à mão armada, dentro de uma das lojas ancoras e houve tumulto e corre-corre pelos corredores.
Os lojistas e colaboradores querem um mudança na forma de administração do shopping na busca de reduzir os valores do estacionamento, do condomínio e também que se invista em segurança, além do marketing e divulgação.
Procuramos ouvir a assessoria de comunicação do shopping e departamento do marketing. O jornalista Igor Castro respondeu que: “o shopping não aprovou respondermos (indagações) como estavam elaboradas”.
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