Mozart Luna
Marx Beltrão participar de feira internacional de Parques Temáticos
Tramita no Congresso Nacional mudanças tributárias para importar equipamentos

O ministro do Turismo, Marx Beltrão, participou da exposição anual da Associação Internacional de Parques e Atrações Turísticas (IAAPA), em Orlando (EUA), e apresentou o Brasil como uma oportunidade de investimento para os maiores empresários do setor no mundo. Entre as vantagens comparativas do Brasil, ele apontou o clima, a disponibilidade de grandes áreas para a implantação dos parques, a cultura amigável a esse tipo de entretenimento e o mercado consumidor altamente qualificado. O ministro destacou que o governo tem trabalhado na melhoria do ambiente de negócios para atrair investidores e facilitar a renovação dos parques já instalados no país.
De acordo com as estatísticas oficiais do órgão máximo de turismo na Flórida, 1,47 milhão de brasileiros viajaram para o estado americano no último ano motivados principalmente pelos parques temáticos nos arredores de Orlando. O Brasil é o terceiro maior emissor de turistas para a Flórida, atrás apenas do Canadá e Reino Unido.
Atualmente, o Brasil dispõe de pouco mais de dez parques de médio e grande porte. Eles recebem cerca de 17 milhões de visitantes por ano, faturam R$ 2 bilhões e geram 30 mil empregos. “Os números são extremamente pequenos se comparados com o potencial a ser desenvolvido. Podemos muito mais. Podemos ser um polo desse tipo de atividade na América do Sul e o congresso mundial da IAAPA é a ocasião ideal para colocarmos o país na prateleira deste mercado em franca expansão”, afirmou Marx Beltrão.
Estão em tramitação alguns ajustes no sistema tributário do país para facilitar a importação dos equipamentos necessários para a implantação e atualização dos parques temáticos locais. De acordo com estudo realizado pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), a modernização dos marcos regulatórios em curso vai gerar um investimento de R$ 1,9 bilhão e 56 mil novos empregos nos próximos cinco anos. A projeção leva em consideração apenas a modernização e ampliação dos estabelecimentos já em funcionamento, sem contar com a possível atração de empreendimentos internacionais para o país.
Segundo uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo, 84,2% da população brasileira são a favor de o governo conceder estímulos para a construção de novos parques de diversões. A região com o maior índice de apoio foi o Nordeste (81,1%), seguido do Sul (78,9%), Sudeste (76,7%) e Norte (67,3%).
Parques pelo mundo – Nas últimas cinco décadas os parques temáticos se desenvolveram e expandiram por diversas partes do mundo. Na América do Norte, só Orlando gera 370 mil empregos diretos e indiretos e registra um impacto de mais de US$ 50 bilhões na economia local pelo turismo impulsionado pelos parques. Na Europa, a Disneyland, nos arredores de Paris, registra mais que o dobro de visitantes da Torre Eiffel, um ícone do turismo mundial.
Na Coréia do Sul, por exemplo, o número de turistas estrangeiros saltou de 5,3 milhões em 2013 para 17,2 milhões em 2016 após a abertura de parques temáticos de grandes dimensões. O Vietnã também registrou um aumento expressivo na movimentação turística internacional. O número de visitantes passou de 1,35 milhão para 10 milhões de 1995 a 2016 e os parques temáticos são apontados como um dos principais motivos. Juntos, os dez principais grupos de parques temáticos do mundo recebem juntos 438,26 milhões visitantes por ano, o número é maior que a população da América do Sul. O setor movimenta IS$ 360 bi por ano no mundo.
A exposição anual da Associação Internacional de Parques e Atrações Turísticas (IAAPA) tem 15 quilômetros de corredor de feira, reúne 34 mil pessoas de mais de 100 países.
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