Paulo Marcello

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Collor diz na TV Senado que é pré-candidato a presidência do Brasil

Senador que voltar ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano

03/06/2018 17h05
Collor diz na TV Senado que é pré-candidato a presidência do Brasil

O senador Fernando Collor de Melo (PTC) usou a TV Senado, na última semana, para garantir que será candidato a presidência do Brasil. O Canal veiculou a entrevista em horários diferenciados que mostra o pré-candidato confirmando que vai entrar na disputa para tentar voltar ao Palácio do Planalto.

No diálogo com a jornalista Glauciene Lara, no programa Salão Nobre, Collor fala, entre outros assuntos, sobre sua decisão em participar do pleito deste ano, mesmo estando com o mandato de Senador até 2022. Na pauta internacional, o ex-presidente (1990-1992) criticou as medidas protecionistas do presidente norte-americano Donald Trump, como a que taxou as importações de aço em 25%. Para ele, Trump nada contra a maré da globalização. Collor também defendeu o acordo de livre-comércio Mercosul-União Europeia.

“Sou candidato à presidência da República nas eleições de 7 de Outubro desse ano. Eu acredito que essa decisão tenha sido, sobretudo o meu desejo de completar aquilo que não me foi dado direito de fazer. O governo que eu iniciei para cumprir 5 anos de mandato me foi tomado com dois anos e meio de mandato. No nosso governo o Brasil mudou. Hoje posso dizer, sem falsa modéstia, que o Brasil mudou radicalmente no momento em que eu assumi e hoje é outro país”, disse Collor.

O senador lembrou a abertura de mercado internacional e como eram os carros e os computadores quando assumiu a presidência em 1990. Collor destacou que no momento em que assumiu o mandato, não tinham celulares, não existiam computadores de nível que pudessem operar de forma a atender as exigências do mercado. E lembrou a expressão ‘carroças’ para batizar os carros nacionais da época.

“Eu criei aquele termo das ‘carroças’ para me referir à indústria automobilística que fabricava carros de terceira categoria, quando o mundo inteiro já trabalhava com carros de última geração. No meu governo, tivemos a implantação do Código do Consumidor, a Lei Rouanet, o Estatuto dos Servidores Públicos, foram medidas tomadas que infelizmente não puderam ser complementadas porque eu fui afastado na metade do meu mandato”, explicou.

“Então o desejo de voltar é para demonstrar que é necessário nós fazermos uma nova abertura nesse país, que é necessário que nós façamos uma boa reforma política para que esse país caminhe sem essas crises recorrentes de governabilidade, entre outras questões, são motivações muito fortes que me levaram a me apresentar como pré-candidato à presidência da República nas próximas eleições”, finalizou Collor.

Sobre o nome para compor sua chapa, Fernando Collor disse que tanto o nome do candidato à vice como a questão de alianças partidárias só serão definidas após o dia 15 de julho. Para ele só a partir deste data é que será dada a largada para a disputa presidencial.