Bastidores
O silêncio de Teófilo diante do caos instalado em Arapiraca
O prefeito Rogério Teófilo sempre foi reconhecido por seu jeito muito calmo, sem pressa, em resolver as coisas. Talvez por isso tem sido alvo de criticas por parte de ex-aliados e pela oposição. Mas agora ele possui um novo perfil, o de ficar calado.
Isso mesmo. O mandatário da segunda maior cidade de Alagoas, com cerca de 240 mil habitantes, não vem se pronunciando em público e na mídia, principalmente após os inúmeros escândalos envolvendo sua gestão.
Foi assim no início do ano após o auditor Luiz Lobo denunciar ao Ministério Público que sua empresa foi contratada sem licitação e que foi paga pela empresa pertencente ao secretário Antonio Lenine, um dos mandachuvas da administração.
Depois apareceu a denúncia do sumiço das carteiras escolares compradas pela prefeitura. E logo em sequencia o rompimento político com o deputado Severino Pessoa e sua esposa, Fabiana Pessoa, que é vice-prefeita.
As poucas vezes que Teófilo falou nesses episódios foi sempre para afirmar que “agora poderia administrar sem precisar cumprir determinados acordos”. O que foi logo desmentido com a aliança envolvendo o senador Biu e o deputado Arthur Lira.
Os últimos episódios envolveram o não pagamento para empresa que faz a coleta de lixo, o que provocou paralisação do serviço; a declaração do secretário de educação, Janio Melanias, falando que 90% dos radialistas da cidade eram “vagabundos”; e a determinação do Ministério Público para que o município pagasse os salários dos funcionários da Oscip.
Agora, as vésperas da eleição, o prefeito segue em silencio. Sua voz só é ouvida nos corredores do Centro Administrativo ou nas reuniões políticas para tentar eleger sua mulher, a pediatra Lúcia Cajueiro, como suplente de senador, na chapa de Biu.
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