Ribeirinho
Demissão em usina terá reflexos na campanha para prefeito de Penedo
Salários atrasados e desemprego causam desgaste político
O grupo liderado pelo ex-prefeito de Penedo, Alexandre Toledo, deve sofrer novas baixas por conta de demissões na Usina Paisa. A onda de desemprego na empresa administrada pelo político é mais um obstáculo no caminho que ele pretende fazer para retornar ao casarão-sede do governo da cidade histórica.
O usineiro que já administrou a prefeitura penedense por três vezes vê suas chances de reconquistar o comando da prefeitura diminuir. Além de ter pela frente a força da família Beltrão, que domina cidades do Litoral Sul e do Baixo São Francisco alagoanos, Alexandre Toledo perde prestígio para as eleições de 2020 junto com a crise que atinge fortemente a usina que toma conta.
O reflexo dos problemas na Paisa junto ao eleitorado penedense apareceu primeiro na campanha de 2016, quando famílias de funcionários da usina que haviam sido demitidos ou estavam com salários atrasados, deixaram de apoiar Ivana Toledo, candidata e esposa do usineiro.
Além da terceira derrota contra Március Beltrão na disputa pela prefeitura de Penedo, Alexandre ainda carrega o desgaste de ter abandonado a cidade para se candidatar a deputado federal, isso em 2010. Transcorria a metade de seu terceiro mandato quando ele deixou o município ribeirinho para o vice-prefeito Israel Saldanha, assumindo a cadeira na Câmara Federal somente em 2013, como suplente de Rui Palmeira, eleito prefeito de Maceió.
Sem grandes resultados obtidos com sua passagem por Brasília e novamente castigado pela crise do setor sucroalcooleiro alagoano, levando inclusive a safra 2018/2019 para moer na usina da Cooperativa Pindorama, Alexandre Toledo pena para recompor sua base já desfalcada da atuação do senador Benedito de Lira no Congresso Nacional. O panorama das eleições 2020 não é nem um pouco favorável para Toledo, pelo menos por enquanto.