Blog do André Avlis
Poder ofensivo do Flamengo funciona mais uma vez; parte tática e sistema defensivo nem tanto
Com uma linda festa nas arquibancadas do Maracanã e dois gols de Bruno Henrique, o Flamengo venceu o Barcelona-EQU por 2 a 0 em jogo de ida da fase de semifinal da Taça Libertadores
Reencontro com a torcida no Maracanã e vantagem construída na semifinal.
Pelo jogo de ida das semifinais da Taça Libertadores da América, o Flamengo venceu o Barcelona-EQU por 2 a 0, com dois gols de Bruno Henrique.
As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (29), no estádio Monumental de Barcelona, em Guayaquil, no Equador.
Vamos ao jogo...
O primeiro tempo do Flamengo foi quase de almanaque. Apesar de algumas chances claras criadas pelo time equatoriano - defendidas brilhantemente pelo goleiro Diego Alves - e algumas oscilações.
Teve intensidade, agressividade na marcação, cadência de ritmo, triangulações, profundidade, velocidade na transição ofensiva, e mais uma vez o fator individual e intuitivo de seus principais jogadores.
No segundo tempo, o ritmo diminuiu, mas o time conseguiu controlar bem a partida. Apesar de ter tido alguma dificuldade quando estava com um jogador a mais.
Quando não tinha a bola o rubro-negro se postava com duas linhas de quatro, fazendo um 'tripé' na marcação do meio ao fazer o balanço - algo que serve para inibir os passes que quebram linhas.
No início e na construção das jogadas, a saída com três era explícita e notória. William Arão 'afundava' no meio dos dois zagueiros, fazendo com com que laterais se tornassem alas, os "pontas" ficavam espetados e assim eram criadas as movimentações para que os corredores - tanto central, quanto lateral - tivessem espaço.
Estas são características que o Flamengo tomou para si nos últimos anos. Um time sistematizado, ofensivo, com repertório e cirúrgico.
No entanto, mesmo sendo um dos melhores times do continente - se não o melhor - existem falhas. E jogos como o de ontem podem escondê-las.
Existem algumas falhas na parte tática do rubro-negro. Aliás, há um desequilíbrio entre setores.
A recomposição por vezes é lenta. O que faz com que o time fique espaçado ao se recompor, abrindo brechas para o adversário infiltrar. Outro ponto é a compactação do setor defensivo, principalmente quando a outra equipe tem e consegue aproximação para triangular ou encaixa a bola invertida.
As linhas não tão justas e aproximadas proporcionam isso. O desencaixe e a falta de sintonia na movimentação sem a bola, idem.
São aspectos táticos que fazem com que o sistema defensivo não tenha tanta solidez e consistência como o ofensivo, por exemplo.
Um problema para Renato Gaúcho? Certamente. Pois ele precisa criar alternativas para quando o adversário anular seus pontos fortes. Para outras possibilidades que potencialize tanto a parte individual quanto coletiva.
No entanto, mesmo com tais problemas táticos - que podem ser resolvidos -, o Flamengo é, de fato, um dos times mais poderosos, letais, competitivos e que melhor joga no continente.
Arquivos
Últimas notícias
Prefeitura realiza ação informativa sobre direitos de mulheres pacientes com câncer
Prefeitura de Arapiraca realiza 5ª entrega de enxovais do projeto “Mãe Arapiraquense” nesta quinta (23)
Junqueiro sedia o Festival “Fique Leve” e recebe usuários do CAPS de toda a região
Suspeito de atirar em motociclista durante briga de trânsito em Penedo é indiciado pela Polícia Civil
Caso Maria Katharina: Justiça revoga prisão de pai da criança encontrada morta em estábulo
