Blog do André Avlis
FUTEBOL BRASILEIRO: Daniel Alves vale mesmo R$ 1 milhão?
Após sair do São Paulo, segundo informações, o lateral-direito estava negociando com o Fluminense. No entanto, as negociações foram canceladas por conta de valores
Valores. Cifras. Dinheiro. Grana. Muito de tudo isso. Muito mesmo!
Desde que rescindiu com o São Paulo, a destino de Daniel Alves é um mistério. Vários times são citados como interessados no jogador. O último - de forma concreta - foi o Fluminense. No entanto, o negócio não avançou e as negociações foram encerradas.
Segundo informações, o principal motivo foi o valor do salário pedido: R$ 1 milhão.
Diante disso e depois de tudo o que aconteceu após a vinda do jogador para o Brasil, será que Daniel Alves vale isso tudo? Principalmente para a realidade do futebol brasileiro?
Antes de falar sobre isso, é válido ressaltar que 'Dani' é sem sombra de dúvidas um dos maiores da história. Em qualquer termo. Seja ele técnico, individual, coletivo, estatístico, representativo ou de conquistas - além de tudo, é maior vencedor da história do futebol, com 42 títulos.
No entanto, o problema, hoje, não é sua exacerbada qualidade e seu nível como jogador. Pois isso é algo incontestável. O que está em discussão são valores e tempo. Sobretudo para um atleta de 38 anos.
Por exemplo, antes de vir para o São Paulo, Daniel Alves recebia, no PSG, 700 mil euros (cerca de R$ 2,6 milhões) por mês. O que chegava a 8,4 milhões de euros anuais (cerca de R$ 31,4 milhões).
No time paulista, os vencimentos do jogador eram de R$ 1,5 milhão por mês. Após rescindir por falta de pagamento, Daniel tem aproximadamente R$ 18 milhões para receber. Após acordo entre as partes, a dívida será paga em cinco anos. Ou seja, R$ 300 mil mensais durante esse período - até o jogador completar 43 anos.
Então, seria válido pagar R$ 1 milhão por ele?
Em meu ver, não. É muita grana para a nossa realidade, especialmente pelo momento econômico vivido no país. Entre o futebol e a própria sociedade. Não dá para fazer como o São Paulo, por exemplo.
Comprometer a saúde financeira de uma instituição com contratações estrambólicas e excêntricas é maluquice. Sobretudo quando não há organização. É algo que só gera dívidas e mais dívidas. E sempre a logo prazo.
Portanto, é um excelente jogador? Sim. Tem mercado aberto no mundo todo. Ele vale tudo isso? Talvez. Na Europa, certamente (pela cotação das moedas em questão). Mas não dá para pagar tanta grana na nossa atual conjuntura. É ilógico. Surreal. E até bizarro.