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Bolsonaro precisa de um palanque “raiz” em Alagoas para derrotar Renan Calheiros

Vontades do presidente podem incluir uma chapa “puro sangue” no estado

07/12/2021 07h07 - Atualizado em 07/12/2021 08h08
Bolsonaro precisa de um palanque “raiz” em Alagoas para derrotar Renan Calheiros

Em 2018, o fenômeno Bolsonaro varreu o que conhecíamos da política chamada tradicional, filiado ao então nanico PSL, com poucos segundos de TV e nenhum recurso. Mas então quatro anos e uma pandemia vão passar, e 2022 chega com um presidente bem diferente, recém filiado ao PL.

Com o novo partido, recursos de campanha, tempo de TV e maior fiscalização das autoridades em relação às fakenews, a tendência é de uma eleição, digamos, mais “convencional”. E isso inclui a construção de candidaturas fortes em todos os estados – especialmente em Alagoas, terra de um dos seus principais desafetos políticos, Renan Calheiros.

Para o presidente, não basta vencer a eleição no estado, mas também impingir uma derrota ao Calheirismo, que terá Renan Filho como candidato ao senado. Dessa forma, Bolsonaro deve trabalhar pela formação de um palanque forte, que possa ajudar a derrotar Renan, mas também que defenda seu legado à frente do executivo.

Os candidatos postos até agora não parecem dispostos a exercer esse papel. Paulo Dantas, além de ser o nome de Renan ao governo, não deve mexer em questões nacionais, pois deve receber votos de “lulistas” e “bolsonaristas”. Arthur Lira já disse em rede nacional que sua eleição é “independente” de Bolsonaro. Já Rodrigo Cunha deve ter o governador paulista João Doria em seu palanque – ou ainda um representante da “terceira via”.

Essa condição dá margem para que surja uma chapa ao mesmo tempo fiel e viável para o presidente. Fernando Collor trabalha sua filiação ao PL, onde já está Sérgio Toledo, um campeão de votos pelo estado. Dependendo das articulações, Antonio Albuquerque, outro “bolsonarista raiz”, poderia se incluir nesse grupo – além dos tradicionais seguidores do presidente, que com ele estão desde 2018 (nenhum bom de voto).

Quem seria a cabeça da chapa? Collor iria para o tudo ou nada? São algumas perguntas ainda sem respostas, mas que até março do ano que vem terão que ser solucionadas. Não duvidem da vontade do presidente.

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