Bastidores
“Tenho boa relação com Lula”, diz Teo Vilela sobre voto nas eleições
Ex-governador também afirmou que tem boa relação com João Doria, presidenciável do seu partido
Duas notícias de bastidores trouxeram à tona novamente um dos mais importantes personagens políticos dos últimos tempos em Alagoas: o ex-governador e ex-senador Teotônio Vilela Filho (PSDB). Oficialmente, Vilela está aposentado da política (pela família, a bem da verdade), mas extraoficialmente ainda joga um papel importante na formação da chapa que pode levar Rodrigo Cunha ao governo do estado.
A primeira notícia é a de que Téo teria orientado Rodrigo a migrar para o PSB e apoiar Lula. A segunda é mais surpreendente ainda – a de que Vilela votaria em Lula nesta eleição, deixando de fora da sua escolha o próprio correligionário, João Dória, e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Elegantemente, via whatsapp, o ex-governador respondeu de forma curta, mas assertiva ao questionamento do Blog Bastidores: “Ainda não estou dando entrevistas… Mas posso lhe dizer que tenho boa relação pessoal com o Lula”, afirmou, incluindo na sentença também o governador paulista, seu correligionário João Doria.
O apreço por Doria não surpreende, embora os bastidores revelem que a simpatia de Téo é quase protocolar – Doria comandou uma operação de renovação do partido, que expurgou da direção nacional os velhos tucanos e levou o PSDB a encampar o “Bolsodoria” em 2018, desagradando membros da então cúpula do partido.
Já por Lula, Vilela tem respeito e até gratidão – durante seus anos de governo do estado, Lula continuou a irrigar financeiramente projetos importantes para o estado, como o Canal do Sertão. O petista também era companheiro de causa do velho Teotônio Brandão Vilela, o pai. Ambos lutavam pela redemocratização do país nos anos 80 – Lula liderando as grandes mobilizações no ABC paulista, Teotônio rodando o Brasil, mesmo acometido por um câncer letal.
A opção de Téo por Lula não é impossível – pelo contrário, é até provável – mas não será exposta abertamente, pela relação quase sentimental que o ex-governador alagoano tem pela legenda que ajudou a fundar. Mas ao menos um fato ficou evidente após o rebuliço causado por essa informação: Téo está mais presente na articulação da chapa de Rodrigo Cunha do que se imaginava.
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