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“Se precisar, vou pra luta”, afirma prefeito de Palmeira dos Índios sobre candidatura ao governo do estado

Júlio Cezar (MDB) disse que sucessão estadual foi uma das pautas conversadas com governador Renan Filho

20/01/2022 07h07
“Se precisar, vou pra luta”, afirma prefeito de Palmeira dos Índios sobre candidatura ao governo do estado

Em entrevista na manhã desta quarta-feira para a rádio Nova Farol FM Palmeira dos Índios, o prefeito Júlio Cezar (MDB) disse que conversou com o governador Renan Filho (MDB) sobre ser ele o candidato à sua sucessão no governo do estado. O prefeito afirmou que pode assumir a candidatura “por já ter sido candidato” nas eleições de 2014 – Julio foi o nome escolhido pelo ex-governador Teotônio Vilela Filho para o cargo, mas perdeu as eleições.

“[Conversei com] o governador semana passada, também falamos de política, a possibilidade do nosso nome para uma possível sucessão, uma chapa “puro sangue” ou uma coligação que pudesse reforçar a sucessão de Renan Filho – e o fato de eu ter sido candidato a governador, me coloca também nessa relação. A gente conhece Alagoas, se precisar que a gente vá pra luta, pra esse desafio, iremos”, afirmou Júlio.

O gestor palmeirense vislumbra, em 2022, um cenário parecido com o que elegeu Renan Filho em 2014: um chefe do executivo no cargo, sem um nome de peso que possa sucedê-lo e uma base de apoio ampla que vai se esvaindo das mãos. A única forma de eleger um sucessor ‘para chamar de seu’, no caso do governador, é se mantendo no cargo e apoiando um nome de confiança – é nesse arco que tenta entrar o prefeito de Palmeira dos Índios.

O clube já está bem preenchido – conta, além de Julio, com o prefeito de Pilar, Renato Filho (PSC) e naturalmente com o deputado Paulo Dantas (MDB), apesar de não ser exatamente o nome indicado por Renan.

Na conta do prefeito, o fato de ter se lançado tardiamente como nome majoritário é compensado pelo fato de existir ainda na ‘memória eleitoral’ de uma parte dos alagoanos, por ter sido candidato em 2014 – participou de debates, fez campanha pelo estado e foi um dos poucos a defender o legado do governo Téo, bastante rejeitado no final do seu mandato.

Ao menos um problema que Renan Filho tinha até o ano passado – um nome para escolher como candidato, caso fique no governo – parece já ter três soluções. Cabe agora a decisão final, quase um dilema sheakesperiano: renunciar ou não renunciar? Eis a questão.

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