Blog do André Avlis
SELEÇÃO BRASILEIRA: Tite precisa de um plano A, B, C, D...
Pela 15ª rodada das Eliminatórias, Brasil e Equador empataram por 1 a 1 jogando em Quito

Ô Tite!
Jogando em Quito, contra o Equador, num jogo doído de se assistir, o Brasil empatou com os donos da casa por 1 a 1. Com o resultado a invencibilidade na competição está mantida.
O técnico da seleção brasileira viu em campo um time descompassado, espaçado e longe daquilo que é uma de suas virtudes: a consistência tática.
Num jogo "maluco" e cheio situações polêmicas por conta da arbitragem, o Brasil não produziu o que vinha produzindo e evoluindo. Em todos aspectos: tático e técnico.
É compreensível que algumas circunstâncias favoreceram para o mau desempenho. Entre o período de convocação, desfalques, altitude e o gramado diferente. No entanto, o que vimos vai além disso.
Um momento da partida me chamou a atenção e ilustra o título do texto.
O Brasil tinha um jogador a mais, mas rapidamente viu o lateral-direito Emerson também ser expulso pouco tempo depois, num lance seguinte.
A partir daí, Tite mexeu no posicionamento de alguns jogadores para tentar ajustar o lado direito e consequentemente o seu sistema defensivo.
O que ele fez?
Deslocou Fred para a direita (fazendo o 'pé trocado'), recuou Coutinho (que sairia logo em seguida para a entrada de Daniel Alves) e manteve sua primeira linha de quatro.
Após a entrada de "Dani", o lado direito ficou com alguém da posição, mas a saída de bola e a movimentação não estavam tendo progressão. Porque o time não tinha a posse de bola, por erros de posicionamento e pela marcação alta - pouco organizada - do Equador.
Tite não quis desmontar seu esquema e estilo de jogo. Mas poderia.
Ao meu ver, as trocas de posições e ajustes poderiam acontecer sem a necessidade de uma substituição e sem a perda de alguém do setor de meio-campo. Especialmente se esse alguém tem características de movimentação, articulação e criação de jogadas.
Adenor poderia ter passado Militão para a lateral-direita, baixado Casemiro para fazer a zaga, colocado Fred de primeiro volante e mantido Coutinho para fazer o papel de meia mais centralizado, movimentando entre as linhas.
Na variação para a saída de bola (saindo com três), Alex Sandro fecharia para compor a primeira linha, Casemiro adiantava para voltar à sua posição e Militão continuaria na primeira linha (com Thiago Silva e Alex Sandro).
Essa possibilidade faria com que o time não perdesse espaços nas construções de jogadas. Além de manter a amplitude dos pontas para que houvesse alternativas das bola invertidas e verticais, quebrando o balanço defensivo do Equador.
Foi uma performance ruim. Apesar da invencibilidade mantida e dos números na competição - que são indiscutíveis -, o Brasil fez uma das piores apresentações no comando de Tite.
Ainda sigo sendo um dos apreciadores do técnico e talvez por isso sou crítico ferrenho. Especialmente quando as coisas saem da normalidade de um trabalho que demonstra solidez.
Logicamente Tite tem suas concepções e opções. É genuíno e franco. No entanto, analisando por essa partida especificamente, ele precisa ter mais possibilidades, alternativas e planos. Se possível um alfabetos de planos.
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