Blog do André Avlis

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ASA: Apesar da limitação e insuficiência do elenco, Alvinegro conquista "ponto da superação"

Pela 3ª rodada do Campeonato Alagoano, Aliança e ASA empatam por 1 a 1 jogado no Estádio Rei Pelé, em Maceió.

03/02/2022 09h09
ASA: Apesar da limitação e insuficiência do elenco, Alvinegro conquista 'ponto da superação'

O "ponto da superação".

Pela abertura da 3ª rodada do Campeonato Alagoano, Aliança e ASA empataram por 1 a 1, jogando no Estádio Rei Pelé, em Maceió. Bebel marcou para o tricolor e Lucas Gaspar empatou para o alvinegro.

Muita luta, muita entrega e muita superação.

Foi a conquista de um ponto importante, jogando fora de casa, dadas as circunstâncias da partida e todo o seu contexto.

O técnico Celso Teixeira teve que mudar seu sistema para a partida. Com a ausência de Roger Gaúcho, machucado, a mudança foi iminente. Uma vez que no elenco não tem à disposição uma peça com as características semelhantes - ou iguais - as do meio-campista.

De início, a estratégia da formação com três volantes foi a escolhida. Disposta num 4-2-3-1.

Do meio para o ataque o time tinha: na primeira linha, Magal e Jorginho de volantes mais fixos; na terceira, Fidélis pela direita; Valdívia centralizado; Xande pela esquerda; de centroavante, o bom Anderson Feijão.

A mudança na estrutura tática fez o time ficar lento na transição ofensiva, ter problemas na construção e na criação de jogadas. Especialmente porque o setor de meio-campo tinha pouca mobilidade.

O que foi notório e perceptível na mudança de posicionamento, é a falta que Fidélis faz quando não joga na sua função de origem. Pelo fato de ser o cara que ajuda na construção das jogadas e na transição meio/ataque.

Ainda mais, porque ele apenas numa faixa de campo o limita e deixa seu campo de ação restrito. Além de prejudicar a movimentação dentro do sistema, pelo fato das características diferentes.

Celso Teixeira provavelmente percebeu isso e já no início do segundo tempo fez uma substituição para ajustar o posicionamento. Colocou Gutti (que consegue jogar pelos lados) no lugar de Jorginho e trouxe Fidélis para sua função.

Com um jogo mais franco, o time do ASA melhorou tecnicamente e conseguiu um certo ajuste tático. Começou a ter a "saída de três" na saída de bola. Ora Magal com Magal se "enfiando" no meio dos zagueiros, ora Fidélis.

Houve uma melhora nessa articulação e construção do time alvinegro. Especialmente nas jogadas de lateralidade, já que o ajuste ajudou na amplitude e na aproximação da equipe.

Até que o Aliança fez um gol de bola parada. Em seguida, em uma jogada de lançamento, Lucas Gaspar que havia entrado, empatou a partida.

Vale destacar e ressaltar a organização defensivo do ASA. Mais uma vez teve um desempenho sólido, consistente e de muita aplicação tática. Com as linhas justas e compactação.

Ocorreram outras substituições - sem maiores efeitos no jogo.

Apesar do gol ter saído de alguém do banco de reservas, ficou evidente que existe uma limitação no elenco alvinegro. Uma insuficiência que atrapalha de forma amplamente direta o trabalho de qualquer treinador. Porque as alternativas se tornam quase que escassas.

Vale lembrar que nove jogadores não foram regularizados pelo clube. E que, supostamente, essa situação até certo ponto constrangedora é proveniente da falta de recursos financeiros. Algo que a curto ou médio prazo pode interferir no desempenho da equipe.

Contudo, apesar de todos estes contratempos, em campo, o time se mostrou aguerrido, com muita entrega e bastante aplicado. Os números nesse início comprovam isso. Esse jogo também.

Por isso, de fato e feito, foi o "ponto da superação".

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