Mais dinheiro. Grana. Cacau. Faz-me rir.

Nesta segunda-feira (4), CRB e CSA renovaram o contrato de patrocínio com o governo de Alagoas. Cada time vai receber R$ 2,5 milhões (cerca de R$ 200 mil por mês). A renovação do convênio foi assinada pelo governador interino, Klever Loureiro.

O valor aumentou em R$ 700 mil em 2022. Uma vez que em 2020 o patrocínio era de R$ 1,8 milhão.

Os dois clubes disputarão o Brasileirão da Série B e, supostamente, essa é uma das razões para esse aumento significativo e bastante generoso do repasse.

Existe uma notória e vigente maior visibilidade. São os times do estado que estão em maior evidência no cenário regional e nacional. Seria hipocrisia e contraditório dizer que não. 

No entanto, como ficam os times do interior? Terão ajuda semelhante ou haverá distinção?

ASA e CSE, por exemplo, ainda em 2022, disputarão a Série D do Brasileirão. Outros clubes necessitam do mínimo de apoio financeiro para início, manutenção e continuidade de planejamentos.

O remanejamento de recursos público perde a isonomia quando alguns - ou apenas dois - são beneficiados e outros não. Independente das competições que disputam e suas respectivas relevâncias.

Principalmente quando os motivos são cheios de narrativas e retóricas pouco inteligíveis. Sobretudo quando elas vêm com explicações econômicas num estado que 500 mil cidadãos vivem em extrema miséria nas comunidades dos 102 municípios.

Justificativas e conceitos tão paradoxos quanto desconexos. Ilógicos. Talvez - ou certamente - sem nexo. Tal benevolência financeira transparece uma suposta preferência local. Entre cores, escudos e bandeiras.

Como em tudo ou quase tudo para uns. Nada (na espera que seja ainda) para outros.