Dia e jogo para esquecer.

Pelo início da 4ª rodada do Brasileirão da Série D, ASA perde para o Lagarto por 4 a 0. Mesmo com a derrota o time alvinegro segue na liderança com nove pontos. Já o Lagarto chega à segunda colocação com seis pontos.

O jogo:

O começo do jogo trouxe perspectivas de que, de alguma forma, haveria equilíbrio entre as equipes. Sensação que durou um certo tempo. Ou apenas em um tempo - o primeiro.

A equipe sergipana já dava indícios de superioridade e melhora. Conseguia chegar ao ataque com perigo e era efetivo em sua transição ofensiva. Tal aspecto se confirmou com o gol (marcado aos 34 minutos). 

Na segunda etapa, ficou a sensação de que apenas um time voltou para o jogo.

O time do ASA retornou lento, disperso e apático. Contrastando o comportamento do Lagarto, que voltou com suas linhas mais adiantadas, com agressividade na marcação e velocidade em suas progressões.

Logo no início, um gol da equipe sergipana para ampliar o placar. A partir desse momento o alviverde criou e desperdiçou várias chances. Em analogia, o ASA seria um boxeador que tomou um forte golpe e foi às cordas.

Mais um gol num curto intervalo de tempo e o último marcado nos últimos 10 minutos, para sacramentar a goleada - que poderia ter sido pior. Pela organização, intensidade e eficiência foi uma vitória com méritos do time do Lagarto.

Opinião: ASA

A estratégia montada pelo técnico Maurício Copertino não funcionou. O coletivo e o aspecto individual muito menos.

O técnico alvinegro mudou o sistema e a estrutura tática da equipe. Jogou sem um centroavante de referência e colocou Roger Gaúcho para fazer a função de 'falso 9'. Com dois volantes com características de marcação (Marcão e Magal), Bruninho na função de armação e Marcinho e Xandy mais abertos.

Sem um 'camisa 9', o time do ASA não teve profundidade e perdeu a dinâmica, juntamente poder de articulação que tem Roger Gaúcho. O meia deslocado para outra função teve seu campo de ação limitado.

Em outras palavras, o setor de criação foi totalmente ineficiente e pouco produtivo. Lento, sem inspiração e com nula efetividade.

A desorganização e ineficiência do setor defensivo foi perceptível. A pouca agressividade, frouxidão e lentidão na marcação ofereceram vários espaços que foram aproveitados pelo adversário.

Determinando um panorama para a atuação de hoje, foi um desempenho horrível - para não dizer desastroso. Especialmente comparado aos últimos jogos, sobretudo em termos táticos.

Uma postura passiva de quem já demonstrou ser o oposto. Foi uma tarde desagradável para mostrar que a Série D jamais vai permitir qualquer tipo de retrocesso em relação a rendimento.

No mais, apesar da péssima partida, o ASA tem a possibilidade de ajustar e melhorar o desempenho para o restante da competição.