Blog do André Avlis
ASA: A cultural, problemática e famigerada "carteirada"
Nos quatro jogos em Arapiraca, pela Série D, déficit financeiro já ultrapassa $9 mil. Apenas na partida contra o Sergipe não houve prejuízo

Cultural e questionável.
Na última semana, em entrevista, o diretor de futebol do ASA, Rogério Siqueira, fez duras críticas direcionadas àqueles que utilizam a famosa "carteirada" (o ato de assistir o jogo no estádio sem comprar ingresso).
A carteirada se tornou um hábito reproduzido por várias pessoas com o passar dos anos. Uma prática naturalizada por aqueles que tomam proveito de uma determinada circunstância em benefício próprio.
Mal sabem eles que utilizando tal artifício, o maior prejudicado disso tudo é o próprio clube.
Pelo Brasileirão da Série D, o ASA já disputou quatro partidas em Arapiraca. Contra Atlético-BA, Sergipe, CSE e Jacuipense. Apenas contra o Sergipe o clube não teve prejuízo (R$ 3.924,07 líquidos).
Somando as outras partidas, o prejuízo ultrapassa R$ 9 mil. Foram déficits de R$ 6.883,88 no jogo contra o Atlético-BA; R$ 419,72 contra o CSE e R$ 1.787,14 contra a o Jacuipense.
Notoriamente, alguns fatores contribuíram para que o número de ingressos disponibilizados fossem menor - de acordo com a capacidade do estádio permitida. É fato. Especialmente ou principalmente por conta das obras, laudos etc.
No entanto, o que chama atenção é o número de pessoas entrando sem comprar ingressos. Além dos sócios, dos que ganham cortesia e crianças. Os documentos disponibilizados pela CBF - os borderôs - revelam essa percepção.
A reclamação legítima de um dos diretores denuncia a prática contínua e histórica da carteirada. A forma dura e ríspida ao se referir ao caso transparece e escancara o problema e a insatisfação.
Um hábito tão corriqueiro quanto questionável e discutível.
Como cobrar o time, por exemplo, se você não contribui com o próprio clube? Como se posicionar diante de supostos erros, se você não colabora ao menos com um simples ingresso?
São atitudes contraditórias e incoerentes de quem tem a falsa sensação de benefício próprio. Ou da esperteza "por entrar sem pagar" por algum motivo. Enquanto, na verdade, o maior prejudicado é o clube que dizem amar.
Portanto, seja cultural ou habitual, a carteirada sempre será um erro. Independente de quem, como ou o porquê a utilizem. Um erro opcional.
Arquivos
Últimas notícias

Curso de Inglês e Plano de Turismo são destaques em reunião do COMTUR Penedo

Prefeito de Japaratinga anuncia interdição do Mirante Aruanã ponto turístico da cidade

Deputado Delegado Leonam cobra implementação do regime semiaberto em Alagoas

Arapiraca e Ufal avançam na criação de banco de dados para proteção da infância

Polícia Civil prende homem de 72 anos por homicídio ocorrido em Mata Grande
