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Alagoano Aldo Rebelo rechaça possibilidade de “golpe” por Bolsonaro; “Não duraria 24 horas”

Político natural de Viçosa (AL) mora e milita atualmente em São Paulo

31/05/2022 06h06 - Atualizado em 31/05/2022 15h03
Alagoano Aldo Rebelo rechaça possibilidade de “golpe” por Bolsonaro; “Não duraria 24 horas”

Em entrevista ao portal Congresso em Foco, de Brasília, o alagoano e ex-ministro da defesa Aldo Rebelo, que também é pré-candidato ao senado pelo estado de São Paulo pelo PDT, afirmou que qualquer tentativa de “golpe” por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) “não duraria 24 horas”. Parte da imprensa e da sociedade organizada teme a reação do presidente a uma derrota eleitoral nas eleições de outubro.

Para o alagoano, que foi ministro da Defesa no governo da presidente Dilma Rousseff, falta a Bolsonaro apoio de dentro das Forças Armadas – apesar dos inúmeros benefícios concedidos a elas pelo presidente, que também tem vários militares no seu ministério.

Apesar de circular pela esquerda desde o início da sua jornada na política, sendo um dos “comunistas” do PCdoB, Rebelo é um dos poucos políticos deste espectro que tem certo respeito dos militares, especialmente por sua atuação à frente da defesa entre os anos de 2015 e 2016. Em todos os diversos gabinetes dos cargos públicos que exerceu, atrás da sua mesa sempre esteve um retrato de Duque de Caxias, o patrono do Exército brasileiro, a quem Aldo reputa grande importância na história do país.

“O ex-ministro considera que a falta de interlocução entre as Forças Armadas, as forças progressistas e a imprensa brasileira cria um ‘ponto cego’ que acaba dificultando a compreensão do real papel que os militares exercem na sociedade. Bolsonaro beneficia-se dessa falta de interlocução para incutir um temor não justificado e ter sucesso na sua tática de desorientação, sacando a ameaça de golpe toda vez que as coisas lhe ficam desfavoráveis”, diz trecho da reportagem.

Apesar de toda a carreira política pelo estado de São Paulo, Rebelo não perdeu o contato com seu estado natal, onde mantém família e aparece com frequência – inclusive para descansar no seu sítio, no alto de uma serra em Mar Vermelho, zona da mata alagoana.

Aldo foi cedo para terras paulistas, onde foi dirigente estudantil, vereador por São Paulo e deputado federal, além de presidente da câmara dos deputados e ministro em várias pastas nos governos de Lula e Dilma Rousseff – destacando-se na organização da copa do mundo de 2014 no Brasil. Seria o ministro das olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, se Dilma não fosse cassada meses antes.

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