De preterido a favorito. 

No primeiro jogo como técnico profissional, mesmo que interino, Jota viu o ASA sofrer a virada contra o Cruzeiro. Uma partida onde o time tinha pouco - ou quase nada - das suas ideias e conceitos. 

Para muitos, o treinador foi o culpado do revés. Vários torcedores rejeitaram e foram contra a continuidade do trabalho, inclusive. Circunstância clara e evidente do enraizado imediatismo aliado ao preciosismo de preferir alguém de "nome". Além da objeção cultural, certamente, por ser alguém de 'casa'.

Em meio as fracassadas investidas e contratações de outros profissionais, como interino ou efetivo, Jota soma 20 partidas no comando do ASA. Entre Copa Alagoas, Campeonato Alagoano e o Brasileirão Série D.

São 12 vitórias, quatro derrotas e quatro empates; 32 gols marcados e 14 gols sofridos.

Além dos excelentes números, sob o comando do treinador, o ASA chegou à final do estadual depois de 10 anos. Conseguindo assim, o calendário 'cheio' para 2023.

O time está nas oitavas de final da Série D e chega para o confronto contra o Rio Branco-AC em uma perceptível evolução, junto do visível amadurecimento. Hoje, o ASA é uma equipe mais consistente e sólida.

As antes impacientes línguas - muitas vezes más - que de forma gratuita e incoerente desferiram críticas, talvez pelo amos à "grife" ou a objeção por quem é da terra, cessaram. Inevitavelmente e obrigatoriamente.

Mais um exemplo de que é necessário tempo para qualquer trabalho. E mais uma lição de que a solução pode estar em casa. Como outras tantas vezes.