Blog do André Avlis
Com quinteto ofensivo escalado por Tite, Brasil ganha mais uma alternativa tática
Treinador confirmou quinteto com Lucas Paquetá, Neymar, Raphinha, Vini Júnior e Richarlison
Testes e possibilidades.
Brasil e Gana se enfrentam na próxima sexta-feira (23), às 15h30 (de Brasília), no Estádio Océane, em Le Havre, na França.
O técnico Tite confirmou o a escalação para a partida com: Alisson; Éder Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Telles; Casemiro, Lucas Paquetá; Neymar, Vini Júnior, Raphinha e Richarlison.
A seleção brasileira conseguiu constituir um padrão de jogo, isso é inegável. Por isso, Adenor, provavelmente, usará os dois últimos amistosos (Gana e Tunísia) antes da Copa do Catar para observar e criar novas possibilidades.
Algumas novidades chamaram atenção na "nova" configuração do Brasil: Éder Militão na lateral-direita e a escalação de cinco jogadores com características ofensivas.
Muito mais do que pensar apenas no ataque, devemos imaginar e tentar entender o que pretende Tite através desta modificação. A princípio, o time está montado num 4-2-3-1. No entanto, é a partir das variações que a busca por novas possibilidades acontece.
O técnico traz Militão para a lateral-direita para que seja acionada a 'saída de 3'. Com isso, Alex Telles adianta para ser um construtor no corredor central esquerdo e o time modifica o sistema para o 3-3-4.
Paquetá surge como o segundo homem de meio de campo para auxiliar e ter o jogo apoiado através da aproxiamação no setor da bola e ataque. Surgindo assim o 3-2-5.
Como existe a sustentação nos corredores laterais e extremidades com os pontas mais abertos e os meias encostando, não é necessário que exista laterais mais agudos que cheguem ao fundo a todo momento.
Na fase ofensiva, imagina-se que os pontas estejam bem abertos - o que gera amplitude e profundidade -, e tenham o auxílio através do jogo apoiado com Neymar flutuando (vindo de trás e mais centralizado) e Richarlison enconstando para ter suporte. Ou seja, para cada ação, a movimentação precisa fazer com que exista superioridade para as triangulações. Basicamente, uma dobra no setor a cada ataque.
Defendendo, acredito que o técnico não promova nenhuma modificação. O universal sistema com duas linhas de quatro, variando - caso for preciso - para um 5-4-1. Um padrão adotado por Adenor desde que chegou à seleção.
Estou curioso para saber o funcionamento destas novas ideias do treinador. No entanto, entre análises e expectativas, uma coisa é certa: o Brasil ganhará mais uma alternativa tática.