O surgimento e a história de quem surgiu através do ferro.

Arapiraca ganhava progressão e crescia de forma iminente na década de 1950. Uma estrada de ferro era construída e um novo lugar se constituía através da essência trabalhadora do seu povo.

O refúgio e o lazer para tanta labuta era o campo e a bola. O Campo da Estação se tornou o lugar preferido nas tardes de domingo. Criou-se então o Ferroviário - com o mesmo preto e branco perpetuado até os dias de hoje. A alegria dos 'pobres' durou pouco e com a conclusão da estrada de ferro, o time foi desativado.

A lacuna durou pouco tempo. O costume de ter para quem torcer trouxe a vontade e a coragem de fundar uma instituição que uniu e fundiu sentimentos de crer, criar. Nascia então, no dia 25 de setembro de 1952, a Associação Arapiraquense de Futebol.

No primeiro ano, em 1953, disputando o Campeonato Alagoano, sagrou-se campeão, mesmo com as controvérsias e desdém de quem não quis a disputa em campo. 

Tornou-se o "Fantasma" de agora na década de 1960, quando antes assombrou vários clubes que não o conheciam e passaram a conhecer a partir de excursões feitas por todo o nordeste.

Teve o "Anjo das Pernas Tortas" vestindo seu manto para marcar um dia especial em que um dos maiores pisou no campo que agora se tornou ainda mais sua casa.

Mudou para Agremiação em 1977 sem perder a identidade e a genuinidade de quem sempre soube quem é, de onde é e de onde veio.

O tempo de tabus passou e o principal deles foi quebrado em 2000, seguindo o crescimento de quem se tornou "Gigante" na mesma década onde mandou e desmandou no estado em que o subjugavam. Tendo a continuidade em outros anos em que a evidência trouxe reconhecimento nacional.

Alcançando voos mais altos. Criando, literalmente, asas.

A cronologia alvinegra se confunde com a analogia de quem o ama. Dos que se identificam com aquele que de forma legítima o faz amar ainda mais. O ASA é assim. Desde sempre.

Desde quando o sentimento se fundiu como ferro e moldou o que parece ser inexplicável descrever. São 70 anos daquele que faz o coração de todo e qualquer alvinegro bater ainda mais forte nas tardes de domingo - ou qualquer outro dia que ele esteja.

Um dia 25 de setembro. Como em 1952. Assim como hoje. Data para celebrar quem tanto merece. Entre felicitações e memorações. Entre todos e todas.

Ao ASA, vida longa!