Goleada no último amistoso antes da Copa do Catar.

Talvez o jogo contra a Tunísia tenha sido um ensaio do Brasil que veremos na estreia da Copa do Catar - acontecendo tudo na mais perfeita normalidade, obviamente.

Diferente do que foi a formação contra Gana, Tite colocou em campo, basicamente, seu time padrão e voltou com sua configuração tática habitual. No entanto, algumas mudanças de posicionamento chamaram atenção.

O Brasil iniciou a partida com Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Telles; Casemiro, Fred; Paquetá, Neymar, Raphinha e Richarlison.

Adenor conseguiu implantar variações bem específicas nas fases do jogo.

Defendendo, a seleção se arma com duas linhas de quatro. Quando necessário, Casemiro entra na última linha, fazendo uma linha com cinco, ou seja, variando do 4-4-2 para o 5-3-2. O movimento e a postura alternam. Ora o time sobe as linhas e marca pressão, ora faz uma marcação em bloco médio.

Na fase de construção de jogadas e na ação ofensiva, o posicionamento no jogo contra a Tunísia mostrou mais uma alternativa que poderá ser utilizada pelo técnico brasileira.

Quando as jogadas se iniciavam, Danilo centralizava, se juntando a Casemiro, para ser um construtor, Alex Telles ficava na linha de três e Fred adiantava para compor a linha ofensiva - o que proporcionava igualdade numérica na último terço do campo. Nesses momentos, o time alternava entre o 3-3-4 e até mesmo o 3-2-5.

A movimentação fez com que o time ganhasse amplitude e profundidade, acionando a bola invertida. O que ficou bem claro, em dois dos gols da seleção brasileira.

Neymar foi mantido mais centralizado. No entanto, estava caindo mais para a esquerda, para ter aproximação com Paquetá. Além disso, foi possível vê-lo atuar entrelinhas. Jogando nas costas dos volantes e à frente da zaga, fazendo a flutuação.

Richarlison - que parece ser o 9 deste sistema - manteve a mobilididade. O "Pombo" tem características que o permitem ter versatilidade. Podendo cair pelas beiradas para abrir espaços para infiltrações ou ser um homem de área.

Contra a Tunísia, possivilmente, vimos um ensaio do que Tite imagina para a estreia na Copa do Mundo.

Acredito que todos os conceitos, ideias e estratatégias permanecerão inalterados. Contudo, é nítido e perceptível que o Brasil adquiriu mais alternativas, opções e possibilidades. Aumentando assim seu repertório tático.

Por isso, acredito que o time está quase pronto. Resta saber quem serão os jogadores que terão seus passaportes carimbados rumo ao Catar.