No futebol brasileiro, existe um explícito flerte com uma grande tragédia.  

Duas partidas desse fim de semana precisaram ser paralisadas e encerradas por causa da extrema violência vinda das arquibancadas.

No Castelão do Ceará, jogavam Ceará e Cuiabá, pela Série A. Na Ilha do Retiro, em Pernambuco, jogavam Sport e Vasco, pela Série B.

Vimos, mais uma vez, cenas de terror promovidas por marginais que se tratam de torcedores.

Jogadores e profissionais que trabalhavam no campo agredidos. Pessoas sendo hostilizadas e apavoradas.

Foram situações graves, que precisam de providências e punições drásticas. Rígidas. Não existe mais lugar para tanta permissividade. Embora a sensação de impunidade impere.

Casos como estes necessitam de medidas entre as pessoas que fazem o futebol. Uma paralisação mútua como ação imediata. Como extremo repúdio. Seria uma das soluções.

No entanto, sabemos que não acontecerá, pois o futebol brasileiro é egoísta. É o clássico "farinha pouca, meu feijão primeiro". Típicos casos de que se não aconteceu comigo, então tá tudo bem.

Vimos há algumas semanas uma tragédia na Indonésia, onde mais de 100 pessoas morreram. Na Argentina, situações semelhantes. E parece que os responsáveis pelo futebol brasileiro estão esperando algo do tipo.

Uma tragédia anunciada. Um flerte com a tragédia. O suco do que é o futebol por aqui.