Um paradoxo vivido por Tite contrapõe sua própria razão.

Na próxima segunda-feira (7), o técnico da Seleção Brasileira irá anunciar os 26 nomes que estarão na lista de convocados para a Copa do Mundo do Catar 2022.

Uma presença parece está bem encaminhada e direcionada: a de Daniel Alves.

O lateral-direito não joga desde o dia 23/09, quando encerrou sua péssima temporada pelo Pumas do México. O jogador tem contrato com o clube até julho de 2023 - mas não contava com a eliminação precoce da equipe do Campeonato Mexicano.

Informações confirmam que três membros da comissão técnica de Tite acompanharam alguns treinamentos de Daniel Alves na Catalunha. De acordo com eles, as impressões foram boas. 

Há alguns meses o técnico afirmou que para o jogador ser convocado, ele precisaria "apenas" estar em atividade, jogando numa liga de alto nível. Algo que, pelo tempo até o Mundial não vai acontecer. Inclusive, eu também o levaria por esta condição.

A palavra meritocracia é dita constantemente por Tite. E no momento - já que para se convocado é analisado o momento -, Daniel Alves não merece uma convocação de forma alguma.

Caso o chamamento se confirme, Adenor estará contrapondo suas próprias lógicas e razões. Perdendo-se em suas próprias palavras e motivos.

E não. O que está sendo contestado não é a qualidade, a carreira ou a história de Daniel Alves. Ele é, indubitavelmente, um dos maiores da história. Entretanto, atualmente, estes são fatores que não o credenciam para ser convocado.

Escrevi há algum tempo que a vaga em questão tinha dono justamente por isso - por perceber certos "movimentos". Sou muito fã de Tite, mas ele cometerá uma das maiores contradições e incoerências de sua passagem pela Seleção Brasileira.