Blog do André Avlis
Agora sim, inquestionavelmente Messi mereceu
Em um ano e meio Messi conquistou três troféus pela seleção argentina
O merecimento genuíno.
A maior final da história das Copas foi como um tango argentino. Recitado através da melancólica melodia futebolística que trouxe angústia, drama e um final gracioso.
O outro Lionel, o Scaloni, não surpreendeu ao mudar o time - como mudou em todos os jogos do torneio -, mas iludiu quem pensou que Di Maria (extremamente decisivo e importante nas conquistas) jogaria pela ponta-direita. A invertida fez o time agredir pelo lado contrário investindo nas bolas invertidas.
Foi por ali que a Argentina encontrou o caminho das pedras. Mandando em todo o primeiro tempo. Na bola e na tática. Deixando a França desnorteada sem saber o que fazer. Fazendo com que Deschamps modificasse seu time ainda na primeira etapa.
No segundo tempo, o melodrama se arremeteu mais uma vez. Desta vez através de outro craque que também estampa a 10 às costas. Mbappe queria fazer ainda mais história da que ele já tinha escrito ao fazer três gols em uma final de Copa do Mundo.
Um 3 a 3 nunca visto. Uma final nunca acompanhada. A simbologia de duas seleções que entregaram de tudo em todo o torneio decidida nos pênaltis. Um deles defendido por aquele que cita 99,9% para falar sobre a importância do camisa 10 parra o time.
Por méritos, a Argentina foi campeã. Por tudo e todo o contexto.
E, agora de forma legítima e genuína - sem narrativas forçadas que tentam criar ritos e mitos -, Messi mereceu. Aliás, fez por onde. Na bola. De forma genial.
A Copa do Mundo foi a chancela para que não exista mais discussão sobre sua grandiosidade na história do futebol. É irracional achar que não. É coerente, para ser justo com todo o sentimento pelo futebol, achar que sim. Torcendo a favor da Argentina ou não. É o futebol. E o futebol, certamente, reverencia Lionel.
Por merecimento.