Blog do André Avlis
ASA: Primeiro jogo do ano, primeira derrota e parece que nada mais presta
Pelo 'Pré-Nordestão', ASA e Ferroviário empatam por 1 a 1 no tempo normal e time cearense vence nos pênaltis
De uma hora para a outra parece que nada mais serve.
Não gostei da cor da chuteira do camisa 10 - que não deve ser camisa 10. O cabelo do goleiro estava desarrumado. A careca do atacante estava brilhando demais. O calção do camisa 11 era muito grande. O treinador ficou calado demais...
Disse alguém aborrecido.
Bastou uma derrota, no primeiro jogo do ano , vale destacar, para o sentimento de 'terra arrasada' e as desaprovações reaparecerem. Desta vez de forma extremamente precoce.
Não trago verdades absolutas. Muito menos estou aqui ditando regras ou dizendo o que, principalmente, o torcedor tem que fazer ou sentir. A indignação de uma derrota e a frustração de uma eliminação são compreensíveis. É natural e do jogo. Trata-se da essência da passionalidade que existe no futebol.
No entanto, qualquer prognóstico ou panorama feitos de forma ampla a partir de uma única partida é um equívoco.
A partida contra o Ferroviário não foi transmitida pela TV. O que impossibilita uma análise mais profunda de como foi o jogo. Com ressalva das pessoas que estavam no estádio, lógico.
Logo, eu não tenho propriedade para falar do jogo de forma mais acentuada.
Ainda assim, ouvindo, vendo e pegando recortes de alguns especialistas e, especialmente da fala do técnico Evaristo Piza, o time do ASA parece não ter conseguido manter a intensidade, a agressividade e não foi eficiente nas chances criadas no primeiro tempo.
Aspectos que se tornam negativos pela falta de ritmo de jogo. Justamente por ser o primeiro jogo do ano. Ou seja, o time não está em sua plenitude física, nem com o entrosamento ideal. A consequência disse trás a oscilação no nível de atuação. É natural da bola.
Quanto aos pênaltis desperdiçados por Anderson Feijão, Esquerdinha e Lúcio Maranhão, eu não costumo debater o gesto técnico do jogador ou a forma que ele bate. Cada um tem seu jeito peculiar. O que realmente importa, unicamente e tão somente, é a eficiência.
Até porque, é muito mais fácil analisar e criticar em cima de um erro. É mais fácil ainda fazer isso no conforto do sofá de casa e não numa situação decisiva, importante e cheia de tensão que envolve uma decisão.
A impaciência do torcedor é comum. E direito. Entretanto, apesar da derrota, tudo não está errado. Assim como se acontecesse a vitória, não estaria tudo certo - até porque vitórias escondem erros e falhas.
Existe uma temporada inteira pela frente. E é impossível fazer previsões a partir de um jogo só. Além de um grande erro. Tão errado quanto afirmar que nada mais presta.