Blog do André Avlis
A arbitragem alagoana e as coincidências a favor dos 'filhos' da capital
Lances em benefício de CRB e CSA geram questionamentos neste início de estadual
Tipo déjà vu.
Como se o futebol alagoano vivesse num grande looping, a arbitragem é tema de discussão outra vez. Desta vez já no início do Campeonato Alagoano 2023.
Antes de mais nada, é preciso entender que arbitrar é uma atividade complexa, especialmente quando não se tem a estrutura necessária. Uma vez que é de conhecimento de todos o quanto o suporte oferecido é deficitário e insuficiente.
É justamente por esses motivos que, particularmente, não costumo me aprofundar em críticas.
No entanto, os fatos e acontecimentos oferecem argumentos para que questionamentos sejam feitos. Ou seja, nenhuma posição diante destas circunstâncias será feita de forma gratuita.
O estadual está apenas em sua 2º rodada, mas alguns lances a favor de CRB e CSA chamam atenção.
Na primeira rodada, contra o Cruzeiro, o CRB foi agraciado com um pênalti mal marcado - entendam como 'mandrake' - a seu favor. O lance influenciou de forma direta o resultado da partida.
Nessa quinta-feira (19), contra o Aliança, o árbitro do jogo não marcou um pênalti escandaloso (!!!) para o time do interior - o CRB vencia por 2 a 0. Pouco tempo depois a equipe hoje sediada em Junqueiro diminuiu o placar. No fim, 3 a 1 para o time maceioense.
Na partida entre CSA e ASA, o alvinegro teve um gol anulado em um lance de impedimento. A jogada foi bem ajustada, porém, a impressão é de que o defensor azulino estava com o tronco à frente, dando condições ao atacante.
Estamos acompanhando mais uma vez a repetição de acontecimentos que beneficiam os 'filhos' prodígios e prediletos da capital. Situações atemporais que reforçam e transparecem que: na dúvida, tem que marcar para 'os caras'.
Alguns comportamentos chamam atenção:
O de omissão da comissão de arbitragem da FAF, que acompanha todas as falhas de camarote e não se pronuncia. E o silêncio complacente dos clubes do interior que aceitam tudo o que acontece sem mexer um único músculo.
Diante de tudo o que aconteceu nos últimos anos e o que vem acontecendo neste início de temporada, vemos uma conduta inerte de quem deveria cobrar de forma veemente.
A velha prática de fazer média e dar 'tapinha nas costas'. De acatar tudo o que é sugerido e imposto. Um erro tão contínuo quanto à casualidades que beneficiam CRB e CSA.
Por esse motivo, não vai adiantar espernear ou choramingar quando um determinado trabalho ou planejamento for prejudicado por erros capitais do apito. Uma vez que há tal tolerância mútua.
E assim, os 'filhos' da capital seguem sendo munidos de benefícios.