Blog do André Avlis
Em nota, Jaciobá explica porque não conseguiu regularizar jogadores para a estreia da Copa Alagoas
Seguindo o regulamento, a FAF informou nessa sexta-feira (20) que o clube está eliminado do torneio. Confira a nota do 'Azulão'
Situação embaraçosa e complicada.
Nessa sexta-feira (20), a FAF (Federação Alagoana de Futebol) informou que o Jaciobá está eliminado da Copa Alagoas.
A decisão foi tomada com base no Regulamento Específico da Competição, no artigo 15, parágrafo 1.
A norma dispõe sobre a exigência de quantitativo mínimo, 11 atletas, como condição à participação da competição, bem como suas consequências.Em resumo, a pena aplicada, através das regras do documento, foi a eliminação da equipe.
O Jaciobá se pronunciou e emitiu uma nota para explicar toda a situação. Confira:
NOTA
O Jaciobá Atlético Clube, (JAC), esclarece que devido ao feriado municipal de São Sebastião na cidade do Rio de Janeiro, a CBF não funcionou e assim sendo não chancelou os pagamentos realizados pelo Clube, no tempo hábil e pré-estabelecido pela Federação Alagoana de Futebol, (FAF), consequentemente não liberou o sistema que nos permitiria cadastrar os atletas para a disputa da Copa Alagoas 2023.
Desta forma o Jaciobá se exime integralmente da culpa.
Ressaltamos que cumprimos com nossas obrigações financeiras no período determinado, e que neste meio tempo sempre houve o contato direto com a FAF na tentativa de solucionarmos o problema.Informamos também, que por meio de nossa assessoria jurídica já encaminhamos à Federação todos os boletos pagos no período estabelecidos pela própria entidade, além de um ofício solicitando o adiamento da partida contra o ASA, prevista para o próximo sábado, (21), na cidade de Palmeira dos Índios.
Por fim, diante da negativa do nosso pedido pelo Presidente da Federação Alagoana de Futebol, Felipe Feijó, testemunha ocular dos esforços do Jaciobá em solucionar o problema, buscaremos no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), estabelecer o nosso pleito.
Luciano Melo.
Presidente do Jaciobá Atlético Clube.
Caso o Jaciobá consiga provar que não teve culpa diante do caso, acredito que a FAF deveria rever a decisão - apesar de ser uma ação regimentada. Por bom senso, e sobretudo, justiça.
Do contrário, a aplicação das normativas segue a coerência do que foi previsto pelo regulamento.
O caso denota e deixa explícito um contexto que não é vivido exclusivamente pelo clube do sertão: a dificuldade financeira.
Por isso, antes de tomar partido ou apontar erros através do pressuposto da negligência, é importante entender qual a real situação do clube e suas finanças.
Até porque, uma simples inscrição no BID gera gastos. Uma vez que no mínimo, por atleta, entre taxas de transferência e outras despesas os clubes pagam no mínimo R$ 1.500.
Portanto, antes de apontar erros através de questionamentos do tipo "por que deixou para última hora?", é imprescindível buscar informações de como anda o próprio clube.
Porque qualquer afirmação ou apontamento superficial é equívoco. Especialmente se forem feitos através de uma pseudo-indignação em determinados casos e omissão - a partir de média - em outros.
Gerando contradição e conflitos de ideias.
Então, se o Jaciobá errou, que seja punido. Se não, que haja bom senso por parte da federação.