O presidente estadual do Partido Progressista em Alagoas, deputado federal Arthur Lira, suspendeu por três meses todo o diretório municipal de Arapiraca da legenda, cancelando com isso a participação do vereador Túlio Freire na CPI que investiga os contratos de limpeza da cidade. A decisão foi emitida no último dia 09, mas tornou-se pública nesta terça-feira (14).

A sentença do partido é uma intervenção direta de Arthur Lira a favor do prefeito Luciano Barbosa (MDB), principal investigado na CPI e alvo do “grupo dos 10”, do qual faz parte o vereador Túlio Freire. Na decisão, Lira cita que Freire atenta diretamente aos interesses do partido, que desde as eleições de 2022 faz parte da base de apoio de Barbosa.

A intervenção do presidente estadual foi pedida pelo outro vereador da legenda na câmara, Adriano Targino, que afirmou não ter sido consultado na indicação do PP para compor a CPI - Túlio Freire teria se “auto-indicado” para compor a comissão, o que não está previsto no regimento da casa. Adriano diz ainda que Túlio tem utilizado o PP de Arapiraca para atuar em “interesses particulares”.

Utilizando poderes de interventor, Lira suspende o vereador por 90 dias, com o argumento de que a sua manutenção até a devida apuração dos fatos pode fazer com que Freire continue reiterando na conduta considerada irregular. Ao final da apuração interna que foi aberta pela legenda, Túlio Freire pode ser afastado definitivamente da direção do PP.

Com a decisão, Adriano Targino foi nomeado por Lira para representar a legenda na CPI e também como novo líder do partido na Casa Herbene Melo.