Blog do André Avlis
Suspeita de envolvimento com jogos de azar foi uma das causas de 'confusão' nos bastidores do CSE
Após vitória contra o CEO pela Copa Alagoas, o diretor executivo Alex Lima, o técnico Rommel Vieira e o atacante Romário pediram desligamento
Desconfiança e confusão nos bastidores.
O CSE não vive um bom momento dentro de campo, muito menos na tabela do Campeonato Alagoano. E fora dele, parece que a situação não está lá essas coisas.
A derrota por 3 a 0 contra o CRB não acabou com o apito final do árbitro. Ela se estendeu para fora das quatro linhas.
Em entrevista para uma rádio de Palmeira do Índios, o ex-auxiliar de preparação física do CSE, Epifânio Martins, declarou que o acusaram de envolvimento com jogos de azar - o jogo da maquineta. E que havia uma suspeita de uma suposta manipulação de resultado contra ele.
Ainda de acordo o profissional, em uma reunião que estavam presentes o ex-diretor executivo, Alex Lima, membros da comissão técnica e diretoria, houve a indagação de uma conversa que aconteceu com o goleiro Bruno antes do jogo no Rei Pelé.
Segundo ele, suspeitaram de sua presença no banco de reservas naquele jogo em específico. E foram feitas perguntas que insinuavam sua participação.
No entanto, a explicação veio através do número limite de pessoas que são autorizadas a estar em campo. Onde houve essa possibilidade. O que não aconteceu nas outras partidas por conta do número preenchido.
De acordo com Epifânio, foi mostrado um print enviado pela federação onde um apostador teria acertado tudo o que aconteceu no jogo - nas opções oferecidas no site de apostas ou na maquineta.
Logo após a situação, o auxiliar foi demitido do clube sem nenhuma explicação - segundo o mesmo. Entretanto, a informação é que ele é funcionário da prefeitura. Ou seja, seria o órgão o responsável por qualquer tipo de desligamento.
Para quem viu o jogo, é perceptível que não há indícios claros de tentativa de manipulação. Especialmente com o goleiro Bruno, que fez algumas defesas importantes e não ofereceu margem propositais de colocar a bola para escanteio, por exemplo - uma das opções de aposta.
O CSE ainda não se manifestou sobre o caso - e creio que nem vai. Mas deveria. É uma situação grave e que deve ser investigada. Principalmente no aspecto de esclarecimento para as pessoas que tiveram seus nomes envolvidos na suspeita.
A omissão e o silêncio nesse caso, não é o mais correto a se fazer. Porque quem acusa, tem que provar. É 'lei'.