Assim como os bastidores da política, os do futebol também pegam fogo de tempos em tempos - como agora, período em que o ASA vem fazendo boa campanha no alagoano e se destacou nacionalmente após grande exibição contra o Goiás pela Copa do Brasil.

Contando com um grupo de jogadores habilidosos, a equipe vem sofrendo durante a semana com o forte assédio a dois de seus atletas - o meia Anderson Feijão e o atacante Vitinho. E o presidente do clube, o empresário Rogério Siqueira, não poupou o verbo na hora de falar sobre a suposta negociação.

“O presidente do CSA deve estar com algum problema, ou ele não entende como as coisas funcionam. Ele tem alguma jurisprudência sobre o clube dele. Aqui no ASA, tem pessoas que respondem pelo clube e essas pessoas não foram contactadas. Ele pode até levar, mas vai ter que desembolsar um dinheiro que creio que seja maior que o clube dele. Vai ter que vender muita água e danone pra pagar”, disparou.

O presidente do CSA é Rafael Tenório, empresário bem sucedido do ramo de água mineral e representante de uma grande marca de laticínios. De quebra, é suplente do senador Renan Calheiros (MDB). Nos bastidores, fala-se que muitas vezes o gestor tem o estranho hábito de procurar primeiro o atleta, depois o clube - fato reprovado entre dirigentes de futebol.

Na coxia, o burburinho é que se há alguém que ‘aguenta’ essa brincadeira de quem pode mais, esse alguém é Rogério, proprietário de uma grande empresa de tecnologia a nível regional - se é mesmo que esses dirigentes colocam mesmo seus próprios recursos na paixão pelo futebol.