Bastidores
Renan Calheiros costura alianças para ser o relator da CPMI do 8 de janeiro
Senador alagoano é integrante do maior bloco de partidos do senado
Alagoas pode ser mais uma vez protagonista de um momento muito importante da política nacional - a CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. Nos bastidores, ao seu estilo, o senador Renan Calheiros (MDB) vai construindo o consenso em torno do seu nome para a relatoria da comissão.
Há a chance, remota, de Calheiros ser o presidente da comissão, mas o mais provável é que assuma mesmo a relatoria, considerando que o favorito para o posto de presidente é o deputado federal Arthur Maia (União-BA), integrante do maior bloco partidário das duas casas - logo, o que tem mais votos.
Renan apoia seu favoritismo em dois pontos: Primeiro, integra o maior bloco partidário do senado, o Democracia, com 29 senadores - onde seu nome já figura entre os escolhidos. Segundo, além da simpatia do senado, conta também com com apoio de vários partidos da câmara, alinhados ao governo Lula.
O nome de Calheiros também é visto na base governista como a garantia da narrativa concreta dos atos, visto que ainda é dúbia a posição que será adotada pelo futuro presidente dos trabalhos, Arthur Maia. O deputado do União Brasil, embora seja da ‘ala independente’ da legenda, já foi visto por várias vezes conversando com a base ultradireitista do PL.
A dobradinha Calheiros e Arthur Maia à frente dos trabalhos da CPMI é também mais um capítulo da rivalidade entre Renan Calheiros e Arthur Lira, já que o seu xará, Arthur Maia, será indicado para a presidência a partir do bloco que foi articulado e é atualmente liderado por Lira, composto por 172 parlamentares.
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