Venceu o melhor time.

Não confundamos os fatores. Elenco e time estão interligados, no entanto, não são a mesma coisa.

Para um funcionar, o outro precisa estar estruturado em campo. Especialmente no aspecto tático.

Essa relação esteve e está presente nos rivais ASA e Cruzeiro. O alvinegro, tem melhor elenco - em meu ponto de vista. O outro, o estrelado, atualmente, tem o melhor time.

O resultado de 2 a 0 do último sábado (20), em jogo válido pela 3° da Série D evidenciou tais fatores.

Não foi um resultado incomum de um franco atirador. Muito menos esculacho. Apesar da subestimação direcionada ao time celeste.

O Cruzeiro tem 10 dias de preparação a mais que o ASA. Além de mais entrosamento, ser mais encorpado e ter um padrão adotado pelo seu técnico e que os jogadores assimilaram.

A partida mostrou isso. Um time leve, com jogadas coordenadas. Basta perceber, por exemplo, como foram os gols: transição ofensiva rápida, aproximação e jogadores pisando na área.

Já o ASA deixou ainda mais evidente suas deficiências que as duas vitórias anteriores esconderam.

Um time lento, espaçado, com pouca aproximação para construir jogadas e extrema dificuldade para progredir na fase ofensiva. Além de oferecer espaços na recomposição.

É lógico que o pouco tempo de trabalho do novo técnico influência o baixo desempenho. As ideias parecem que ainda não foram assimiladas. Apesar de manter uma base, ocorreram mudanças. 

Então, para o Cruzeiro, a manutenção e os pés no chão - até mesmo quando for subestimado. Para o ASA, a obrigação de evoluir e dar uma resposta o quanto antes. 

Em suma: no 'Derby' de Arapiraca, venceu o melhor time.