Ao defender os movimentos sociais de luta pela terra em meio a um embate com o vereador (e militar) Siderlane Mendonça (PL), Teca Nelma credenciou-se definitivamente como candidata a ocupar uma vaga petista na Câmara de Maceió.

Não que não haja uma representação petista atualmente na câmara, mas o discreto Dr Valmir notoriamente não tem a verve - e possivelmente não tem nenhum diálogo com o MST que o faça levantar a voz, como Teca fez, para defender os movimentos sociais.

Se havia alguma dúvida, por parte da militância petista, de que Teca seria uma cumpridora fiel das pautas sociais do petismo, essa dúvida acaba (ou deveria acabar) com o aparte ao vereador Siderlane, e mais ainda com a discussão com o presidente da casa sobre a permanência de presentes do MST em sua bancada.

Como em política o vácuo de um indivíduo é automaticamente preenchido com a presença de outro, Teca Nelma está pronta para receber os votos de maceioenses que, assim como ela, não criminalizam os movimentos sociais de luta pela terra.

Justamente esse eleitorado que se encontra ‘abandonado’ pela ausência de representantes que pensem - mas principalmente que se manifestem como Teca o fez nesta quarta no plenário da Casa de Mário Guimarães. Eles podem não ser suficientes para eleger um representante, mas juntos aos que Teca já tem podem alçá-la à condição de uma das mais votadas da capital.

No ‘vestibular da esquerda’ que o PT gosta de fazer com quem simpatiza com o partido, Teca Nelma acaba de tirar um dez.