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Arthur Lira, esposa no TCE, sucessão de Lula, críticas a Bolsonaro; Os principais pontos abordados por Renan Filho no Roda Viva

Ex-governador respondeu a temas técnicos e políticos

22/08/2023 17h05
Arthur Lira, esposa no TCE, sucessão de Lula, críticas a Bolsonaro; Os principais pontos abordados por Renan Filho no Roda Viva

Ao seu melhor estilo (para o bem e para o mal), o ministro alagoano Renan Filho passeou por vários temas no Roda Viva, tradicional programa de entrevistas da TV Cultura. Depois de um começo nervoso e tendo deslanchado no final, a estreia de Renan em rede nacional pode ser considerada positiva.

Além dos temas técnicos que o ministro levou ao ar respondendo às perguntas da bancada, o que se viu na noite de segunda-feira (21) foi um Renan Filho que não fugiu a nenhum assunto, mesmo os mais indigestos - como Arthur Lira e a indicação de sua esposa, Renata Calheiros, para o Tribunal de Contas de Alagoas.

Sobre Lira, Renan preferiu ser polido e não arrumar mais problemas para a sensível relação entre o presidente da câmara e Lula. “Eu não me considero inimigo de ninguém, nem de político, nem de maneira geral. Adversário do Arthur Lira eu sou mesmo, disputei com ele todas as últimas eleições em Alagoas e, por isso, sou adversário político e penso diferente dele em muitas coisas”, disse.

Quando o tema foi a escolha de sua esposa para a vaga no TCE, Renan foi protocolar e evasivo - e a imprensa nacional não teria como replicá-lo sem saber os detalhes da nomeação. “A Renata tem uma participação muito importante no Estado e a vaga era de indicação da Assembleia Legislativa. Abriu um edital e ela se inscreveu. Eu apoiei, mas quem escolheu foram os deputados. Numa democracia, ninguém pode ser impedido de disputar uma vaga”, afirmou.

Ao falar da sucessão de Lula, o ministro afirmou taxativamente que o MDB e qualquer outro partido da base deve abrir mão de ter candidato caso Lula seja o nome. “Eu acho que se o presidente Lula for candidato, os partidos que compõem a aliança tendem a abrir mão de candidaturas próprias. Obviamente cada partido fará sua discussão interna. No MDB, eu defendi que nós já apoiássemos o presidente Lula no 1º turno”.

A crítica a Bolsonaro veio quando indagado sobre os investimentos em infraestrutura durante os quatro anos de governo anterior. “Eles concluíram muita pouca obra, e eles fizeram muita pouca festa. Por isso perderam a eleição. Em quatro anos, investiram R$ 25 bilhões. É metade do que o governo federal investiu apenas em 2012”, concluiu.

Vale ainda um importante registro sobre o que pensa Renan a respeito dos conflitos ambientais que travam os investimentos em infraestrutura no país. “Na área de infraestrutura, não acho conveniente descartar investimentos. Precisamos discutir as condições para levá-los adiante. A BR-319 já teve asfalto. Manaus é a única que está fora da ligação com o transporte rodoviário”, disse.

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