Bastidores
Escolha de Tia Júlia por Júlio Cézar causa insatisfação na base e pode resultar em dissidência nas eleições
Prefeito mantém projeto de levar professora da rede municipal ao mais alto cargo do município em 2024
Na avaliação de alguns analistas políticos, a insistência do atual gestor de Palmeira dos Índios, Júlio Cézar (MDB), em lançar Luíza Júlia - tia do prefeito - como candidata majoritária do grupo, começa a causar rusgas que podem resultar em dissidências até o período eleitoral.
Por ser uma escolha pessoal de Júlio, o nome de sua tia não é aceito pela unanimidade do grupo que circunda em torno do prefeito. Há importantes rompimentos que podem acontecer pela insatisfação com relação à cabeça de chapa.
Atualmente, Cézar tem em sua base o apoio do governador Paulo Dantas, que o levou ao MDB; da maioria dos vereadores, do presidente da câmara Roninha e do vice-prefeito, Dr Márcio Henrique.
Porém, já se houve na cidade que o atual vice se movimenta no sentido de lançar candidatura própria, diante da quebra de expectativa em ser o sucessor de Júlio. Além dele, Roninha (que é sobrinho do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor) também começa a demonstrar publicamente sua insatisfação.
“A insatisfação existe, porque lá atrás Júlio alimentou a ideia de que o seu sucessor seria aquele que estivesse melhor nas pesquisas dentro do grupo. Muitos acreditaram e se jogaram nesse projeto, e agora se vêem excluídos”, diz um importante personagem da política palmeirense, em off.
Se Roninha deixar o grupo do atual gestor, dificilmente Dantas manterá seu apoio - ou ao menos a força da máquina governamental. Possivelmente, Palmeira dos Índios entraria no mapa do governador como município em ‘banho Maria’.
Sem Roninha nem Dantas, Tia Júlia e Júlio travariam um duro duelo contra Mosabelle Ribeiro, que reforça favoritismo após uma eleição bastante equilibrada em 2020.
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