O mercado digital brasileiro tem revelado novas profissões que, há poucos anos, sequer eram cogitadas. Entre elas, a de story maker  profissional especializado em criar narrativas audiovisuais rápidas, envolventes e direcionadas para as redes sociais. Mais do que um recurso estético, o trabalho desses criadores tem se tornado fundamental para marcas, instituições e até figuras públicas que buscam proximidade e impacto com seu público. É nesse contexto que se destaca a história de Fábio Salgueiro, jovem que encontrou no audiovisual não apenas uma profissão, mas uma forma de transformar sua vida. Sua trajetória começou como estagiário na Secretaria de Turismo, onde percebeu a força da comunicação digital e o potencial do audiovisual. Foi ali que descobriu o universo do story maker, um campo ainda em expansão, mas que já demonstrava abrir portas para quem soubesse unir técnica e criatividade.

Aos poucos, Fábio se aproximou de profissionais da área, aprendeu sobre captação, edição e, sobretudo, sobre o poder de contar histórias com propósito. “Entrei na Secretaria como estagiário, mas logo passei a atuar em outros setores. Vi que havia espaço para crescer e percebi que o story maker poderia ser não apenas um caminho, mas uma oportunidade de futuro”, relembra. Hoje, com passagens por projetos culturais, circuitos de cinema, Banco do Nordeste Cultural e campanhas políticas, ele carrega no portfólio experiências diversas, sempre mantendo a essência do conteúdo em tempo real característica que considera o grande diferencial dessa profissão.

O fenômeno dos story makers reflete um movimento maior: o de jovens que encontram nas redes sociais uma nova forma de empreender. Diferente do modelo tradicional, a lógica agora é baseada em criar conexões rápidas, originais e visuais, que podem ser feitas até mesmo com recursos simples, como o celular. Para muitos, é a porta de entrada para o audiovisual; para outros, é o início de uma carreira de longo alcance. Segundo Fábio, as duas trajetórias são igualmente válidas: “Qualquer pessoa pode começar com o que tem em mãos, sem esperar por equipamentos caros. A essência é a história bem contada. Mas também é possível usar o story maker como trampolim para voos maiores no audiovisual, exatamente como tenho feito”.

Com investimentos em equipamentos como drone e planos para adquirir sua primeira câmera profissional, o jovem já mira seu próximo objetivo: fundar sua própria produtora, sem perder de vista a agilidade e espontaneidade que o tornaram reconhecido. Mais do que um título profissional, ser story maker representa hoje uma mentalidade: a de transformar ideias em narrativas capazes de engajar, inspirar e até reposicionar marcas e pessoas. No caso de Fábio Salgueiro, é também a prova de que a comunicação digital pode abrir caminhos concretos para quem deseja contar histórias e mudar realidades.

Por 

Willian Nelson