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Linn da Quebrada volta aos palcos após internação por uso de drogas: 'Se permaneço sóbria, é por amor'

'Dessa vez, quando eu sou internada, sinto que as coisas são um pouco diferentes. Eu me senti muito amada', diz.

Por G1 12/05/2025 10h10 - Atualizado em 12/05/2025 10h10
Linn da Quebrada volta aos palcos após internação por uso de drogas: 'Se permaneço sóbria, é por amor'
Linn da Quebrada, em entrevista ao Fantástico - Foto: Reprodução/TV Globo

A atriz e cantora Linn da Quebrada saiu há três semanas de uma clínica de reabilitação, onde passou um mês internada. Neste fim de semana, voltou aos palcos, em um recomeço.

Em entrevista exclusiva ao Fantástico, Linn, ou Lina Pereira, falou abertamente sobre o uso de drogas e os novos rumos da carreira. Com menos de dois minutos de conversa, abordou seus medos.

"Vou ser bem sincera. Eu quero jogar com a verdade e poder encarar, olhar para você e falar: 'Eu estou com medo. Eu tenho medo do que as pessoas vão sentir ao me ver", disse.

A artista conhece esse olhar julgador. "Muitas vezes já somos crianças LGBTs que já passam por preconceito, por bullying, por diversas questões. E, por isso, já crescemos com aquelas cicatrizes", afirmou.

"Não sabia o que era ter um pai. Então, eu nasci carente de ser amada. E, na minha criança, eu sinto que é essa criança que tá pedindo pra mim: 'Me ama, me dá um pouco de amor próprio"', acrescentou.

A atriz relatou que cresceu "com buracos tão grandes, emocionalmente falando", que não conseguiu até hoje tampá-los.

"Não vai ser com o uso abusivo de substâncias que eu vou conseguir tampá-los", afirmou.

Só que, por muito tempo, foi como ela tentou preencher o vazio. Agora, começou a entender que precisa de ajuda. No prazo de um ano, Linn foi internada duas vezes para se tratar.

"A minha primeira internação foi em abril do ano passado. E, naquele momento, eu fui internada involuntariamente", disse Linn.

"Não foi, de pronto, [uma decisão minha]. Mas eu aceitei. Por quê? Eu não aceitava que eu estava adoecida. Eu não entendia o que significava a depressão. E, nisso, veio junto também, sim, o abuso de substâncias."