Toda Copa do Mundo tem suas zebras e a de 2014 não é diferente. A maior delas, já garantida, será a presença do vencedor do duelo entre Costa Rica e Grécia nas quartas de final. As duas seleções se enfrentam neste domingo (29), na Arena Pernambuco.

Quem avançar neste confronto enfrenta nas quartas o vencedor do duelo entre Holanda e México, que acontece também neste domingo.

A Costa Rica entra em campo com uma formação idêntica à das vitórias sobre Uruguai e Itália, com González de volante à frente dos quatros defensores – e recuando para formar uma linha de cinco quando o time não tem a bola -, Bryan Ruiz liderando a armação ofensiva e Joel Campbell isolado como centro-avante. Desta forma, a principal arma do time devem ser as bolas em velocidade pelas laterais do campo.

A Grécia, apesar da tradição defensiva, deve entrar com um esquema que tem como meta manter maior posse de bola possível, de preferência no campo adversário. Samaris, no lugar do lesionado Kone, deve ser o principal armador, com Samaras fazendo as vezes do centro-avante.

O camisa 10 costarriquenho é o jogador mais habilidoso e mais experiente da equipe em jogos de alto nível. Habilidoso, deve usar a boa visão de jogo e um excelente passe para colocar seus companheiros, especialmente Joel Campbell, em condições para finalizar no gol grego.

Samaras é um dos maiores jogadores do futebol grego e tomou o tamanho de um heroi ao converter o pênalti que rendeu a primeira classificação grega ao mata-mata da Copa. Seu time deve busca-lo de todas as maneiras possíveis: rasteira, em profundidade pelo meio, por trás da zaga, cruzamento das laterias para jogo aéreo e até mesmo na entrada de grande área para finalização de média distância. É o principal encarregado de balançar as redes rivais.

O atacante Ureña começou todas as partidas da Costa Rica no banco, mas jogou em todos e já deixou sua marca - fez o terceiro gol na vitória contra o Uruguai. Sua entrada muda a dinâmica do jogo centro-americano de duas maneiras: passa a fazer dupla de ataque com Campbell quando o time tem a bola, e se isola no campo adversário para este ajudar a marcação quando a posse for do rival.

Theofanis Gekas tem características muito parecidas com as de Samaras, mas tem mais velocidade para puxar os contra-ataques e finaliza muito bem de cabeça. Com sua entrada, o time grego deve centralizar ainda mais o jogo em torno da grande área da Costa Rica.

O australiano Benjamin Williams vai para a segunda partida em sua primeira Copa do Mundo - no jogo entre Honduras e Equador, teve uma atuação muito segura. Está no quadro da Fifa desde 2005 e tem experiência de apitar na Copa da Ásia, na Champions League Asiática e na Olimpíada de 2012, em Londres.