ASA

Em entrevista, Didira diz que este será seu último ano no ASA

Por Claudio Barbosa 22/07/2014 08h08
Em entrevista, Didira diz que este será seu último ano no ASA
Didira em comemoração - Foto: Irlan Rocha7Segundos


O meio campista Didira, ídolo da torcida do ASA, concedeu uma entrevista bastante interessante ao Programa Esportes sem Fronteiras, da Rádio Novo Nordeste (AM). Na conversa o jogador falou sobre sua vida profissional durante os últimos anos na equipe alvinegra e em outros clubes por onde passou. 

A origem

Natural de Arapiraca, Cícero dos Santos, tem 26 anos, começou a jogar futebol na equipe amadora do Juventus do bairro Baixão ( time do pai dele), foi para o Arapiraca e jogou também numa equipe de base comandada pelo professor Ivanildo. Em seguida foi para o time de base do ASA, onde jogava na preliminar e atuava como gandula na partida profissional.

A profissionalização

Com a chegada do técnico Leivinha, o jovem Didira ganhou espaço e foi profissionalizado. Ele iniciou a carreira como lateral direito e assim atuou com outros treinadores a exemplo de Flávio Barros e Freitas Nascimento.
 

Mudança de posição
 

Com a chegada do técnico Vica, que trouxe o experiente lateral direito Flávio, foi deslocado para jogar no meio campo, onde se adaptou e continua atuando. “Gosto muito de atuar no meio, mais próximo dos homens de frente”, destacou.
As saídas

Sua primeira saída foi para o Nacional (SP), levado pelo empresário Fernando Cézar, que acabou tendo um desentendimento com a direção do clube e o transferiu para a União Barbarense (SP), onde, segundo o jogador ficou 45 dias apenas treinando. Conversou com o então presidente do ASA, médico Celso Marcos, e retornou a cidade de Arapiraca. Quanto ao Atlético (MG), Didira ressaltou que ocorreram problemas quanto de falta de espaço no time. Chegou a citar quem sem um empresário forte é muito complicado.

Contrato

Evidenciou que deverá mesmo deixar o clube após a conclusão do seu contrato, o que acontece em novembro. Mostrando gratidão ao ASA e sua torcida, argumentou que é momento de sair, para pensar no seu futuro. Segundo ele, tem uma situação bem concreta para o Exterior e está aguardando só terminar o campeonato para resolver a situação.

Renovação

Confirmou ter sido procurado pela direção do ASA para uma possível renovação do contrato, mas não houve acordo. Garantiu, entretanto, não ter nenhum pré contrato assinado.

Sondagens e respeito

Admitiu sondagens da dupla CSA e CRB. Surpreendeu ao elogiar a postura da torcida do CSA, que “apoia do começo até o final, mesmo com o time perdendo está incentivando”. Completou afirmando que melhor ainda é quando vai jogar contra e os torcedores dizem querem vê-lo jogando no clube deles.

Rei Pelé

Perguntado o porque do ASA sempre conseguir fazer boas apresentações no Rei Pelé, disse que isso ocorre porque o campo oferece espaço e condições. “Favorece para a gente, porque a gente toca muito a bola. A equipe adversária sempre quer buscar o gol e agente ali fechadinho, saindo numa boa. Isso é o que nos ajuda, o gramado do Rei Pelé”.

Gol inesquecível

O gol considerado inesquecível ocorreu contra a Portuguesa (SP), na série B, numa jogada com o lateral direito Raulem. Foi um golaço de “cavadinha”, que mereceu até uma placa comemorativa no estádio Coaracy da Mata Fonseca.

Acesso

Remanescente de 2009, quando houve o acesso a série B, elogiou a postura e a vontade daquele grupo. Considerou inesquecível o jogo realizado em Rio Branco (AC), onde atuou improvisado na lateral esquerda, atendendo pedido do técnico Vica.

O que incomoda

Disse que o incomoda bastante o fato de alguns torcedores o acusarem de frequentar “barcas”. Fez questão de dizer que não frequenta bares e foi categórico: “nunca coloquei um copo de cerveja na boca”.

Apoio à base

Defendeu mais apoio as categorias de base e valorização dos jogadores formados na casa, que, na avaliação dele, sempre procuram fazer o melhor o melhor pelo clube. Demonstrando personalidade, o meia lamentou as saídas de André Nunes, Jorginho e Thallysson e desejou sorte a eles na sequencia de suas carreiras.


Vica

“Um treinador que eu gostei de trabalhar com ele foi o Vica, ” declarou. Revelou que gostaria de voltar a trabalhar com ele novamente e disse “ quem sabe daqui para frente as coisas não acontecem” Quanto ao acesso foi taxativo: “Teve a capacidade de fazer o melhor e subir para a série B”. Sobre o auxiliar Gringo, o considerou como fora de série. Lembrou que o auxiliar do Vica tem grande conhecimento e trabalhou muito com ele nos fundamentos, principalmente finalizações, “coisas que me ajudaram e até hoje venho fazendo”.

Porque o ASA caiu

“Foram muitas mudanças, muita coisa errada que aconteceu no ano passado, que eu nunca vi acontecer no ASA”. Citou que alguns jogadores não tinham o comprometimento com a equipe e participavam de farras. “Uns queriam, outros não queriam”, resumiu. Falou também dos famosos “grupinhos” de jogadores. Alguns deles que nem se falavam direito.

Sonho

Um dia defender a seleção brasileira, mesmo em amistoso. Mas admitiu que jogaria por uma seleção de outro país.

 

Pênalti

Quanto ao pênalti perdido frente o CRB, atribuiu a mudança que fez no último instante, no momento de bater na bola.

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Estes foram os principais pontos da entrevista, porém, muitas outras questões foram tratadas. Inclusive do momento atual, onde o ASA está num grupo bastante complicado na série C. O meia admitiu que é preciso fazer alguns ajustes, mas demonstrou confiança no grupo.