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Há cinco anos na Série C, Fortaleza convive com piadas e rótulo de ?Pipoca do Nordeste'

Por 7 Segundos com Futebol Interior 31/10/2014 11h11
Há cinco anos na Série C, Fortaleza convive com piadas e rótulo de ?Pipoca do Nordeste'
- Foto: Divulgação/Fortaleza

A última grande campanha do Fortaleza em Campeonato Brasileiro aconteceu em 2007, quando foi o quinto colocado na Série B. Desde então o time coleciona brigas contra o rebaixado e uma sequência de cinco temporadas na temida Série C – Terceira Divisão Nacional. O momento vivido pelo clube alimenta a rivalidade com adversários e lhe renderam o apelido de ‘pipoca do Nordeste’.

O Fortaleza disputa a Série C desde 2010, e desde então ‘bateu na trave’ duas vezes. Dependia só de si para subir, mas acabou falhando na missão. Em 2012 fez grande campanha na primeira fase. Foram 11 vitórias, seis empates e apenas uma derrota. Retrospecto que deixou o time na liderança isolada.

Na ocasião o time chegou como grande favorito. Ainda mais por ter pela frente o Oeste de Itápolis, que havia sido apenas o quarto colocado no outro grupo (times do Sul, Sudeste e Centro-Oeste). Porém, a primeira grande decepção da torcida Tricolor. Na partida de ida, no interior de São Paulo, o Fortaleza segurou empate por 1 a 1. Porém, na volta, com o Presidente Vargas lotado, surpresa: 3 a 1 Oeste e eliminação.

Naquele ano o investimento pelo acesso foi enorme. O Fortaleza tinha uma das maiores folhas de pagamento do campeonato, mas perdeu para um time organizado dentro de campo e disposto a calar uma multidão de apaixonados. O que restou aos torcedores? Muito choro e revolta nas arquibancadas, até com cadeiras quebradas e arremeçadas ao campo em direção aos jogadores.

MAIS DECEPÇÕES

Um ano depois, em 2013 o Fortaleza entrou na Série C novamente como um dos favoritos ao acesso, mas desta vez sequer passou da primeira fase. Foi apenas o quinto colocado, atrás até mesmo do Treze, da Paraíba, um time mediano e que, na visão de alguns críticos, não era para estar disputando a Terceira Divisão – virou integrante por causa de uma briga judicial.

Na temporada de 2014, o torcedor do Fortaleza já estava ‘remediado’. Sabia que a sina de falhar na briga por títulos e acessos era frequente. E logo de cara, no primeiro semestre, viu o time ser vice-campeão Estadual – aliás, fato que não acontece desde 2010. E para completar o ano, no segundo semestre o Leão voltou a cair nos próprios erros – neste ano com parcelo de culpa do treinador Marcelo Chamusca.

O Fortaleza voltou a ser o melhor time da primeira fase da Série C – entre todos os 20 clubes. Foi líder isolado do Grupo A com nove vitórias, oito empates e uma derrota. Nas quartas-de-final o time teria que passar novamente pelo quarto colocado do Grupo B, desta vez o Macaé, que também ‘morreu na praia’ nos últimos anos. E o resultado novamente não foi o dos melhores.

O jogo de ida foi em Macaé, no Rio de Janeiro. Num duelo de poucas emoções os times empataram sem gols. Melhor para o Fortaleza, que na volta teria que vencer por qualquer resultado para ficar com o acesso. A festa estava armada: mais de 60 mil torcedores invadiram o Castelão e fizeram um mosaico para ver e rever. Lindo. De arrepiar qualquer amante do futebol.

Porém, esqueceram-se de avisar os jogadores do Leão que dentro de campo o empenho deveria ser recíproco. E, como quem não quer nada, o Macaé conseguiu um empate de 1 a 1 e calou a multidão de cearenses no estádio. O apito final da partida fez todos se lembrarem da queda para o Oeste, em 2012.

E EM 2015?

Para subir na Série C de 2015, o Fortaleza terá que rever seus critérios de contratação. A começar pela comissão técnica. A chegada de Marcelo Chamusca foi um erro, inclusive alertado pelo Portal FI quando aconteceu. O Leão tem que apostar em nomes que conhecem a Divisão e que acima de tudo tenham no currículo grandes conquistas. Só assim poderá sonhar com dias melhores.