O presidente da Federação Baiana, Ednaldo Rodrigues, apresentou à cúpula da CBF na segunda-feira um projeto para que o mata-mata volte a ser o formato da Série A do Brasileirão. Depois de deixar a ideia nas mãos de Marco Polo Del Nero, o próximo passo será tentar convencer a Globo, detentora dos direitos televisivos da competição, de que a proposta vale a pena.

– É o segundo passo. Encaminharemos para o Marcelo Campos Pinto. Não é uma proposta vazia – disse o dirigente ao blog.

Ednaldo também vai buscar o apoio de clubes e federações. A Ferj foi uma das primeiras procuradas.

– A proposta já foi entregue à CBF. Agora estamos contatando alguns clubes e federações para que isso seja analisado e forma ampla e, se for o caso, venham mais sugestões. É uma ideia que eu acho que dará certo – comentou ele, explicando a base do formato da competição:

– Seriam dois grupos e se classificariam quatro times de cada. Os oito primeiros iriam para uma decisão, jogando ida e volta nas quartas de final, e avançariam para semifinal e final. Haveria ainda uma decisão de terceiro lugar para definir quem entra direto na fase de grupos da Libertadores. Todo mundo vai jogar contra todo mundo. Ninguém vai reclamar dizendo que “ah, eu não joguei contra esse”.

Para Ednaldo, seria uma forma de acabar com a polêmica das “entregadas” na reta final da competição e com a falta de interesse do torcedor em alguns jogos.

– Isso evitaria que tivessem jogos vazios, que não levassem a nada, e acabaria com essa história de mala branca, mala azul, mala preta… E fica uma competição que não aumentaria datas, pelo contrário, diminuiria em três datas, justamente para que não tivesse jogos do Brasileiro nas datas Fifa, evitando prejudicar os clubes que tiverem jogadores convocados.

Aos defensores dos pontos corridos em nome da justiça ao clube mais regular, Ednaldo Rodrigues manda o recado:

– Todo mundo está acostumado com pontos corridos e sabemos que é o mais justo. Mas quando um clube recebe R$ 35 milhões de cota de TV e outro, que disputa a mesma competição, recebe R$ 110 milhões, o argumento da justiça cai por terra.