Brasil tenta melhorar imagem no Sul-Americano sub-20
A primeira competição oficial de uma seleção brasileira após a Copa do Mundo não traz pressão apenas pelo fracasso no Mundial, simbolizado pela derrota de 7 a 1 sofrida para a Alemanha. No Sul-Americano sub-20 que começa nesta quarta-feira, os garotos do Brasil terão de apagar outra imagem ruim, deixada neste mesmo torneio, há dois anos, quando o time foi eliminado na primeira fase, no que foi a pior campanha do país na competição.
Na ocasião, a seleção brasileira tinha nomes como Adryan e Mattheus, então no Flamengo, assim como Felipe Anderson, Rafinha (Barcelona) e Dória. Apesar da alta expectativa, a equipe decepcionou e ficou em último lugar na primeira fase, num grupo que tinha Peru, Uruguai, Equador e Venezuela.
Na atual equipe, a noção do fracasso anterior está presente. Mas eles garantem que isso não afeta na preparação para o Sul-Americano. Para o atacante Thalles, o momento é de concentração no torneio.
- O campeonato mais importante é sempre o primeiro. Estamos focados no Sul-Americano, vamos fazer um bom trabalho para chegar lá e ganhar o título.
Para o jovem Malcom, um dos mais novos do grupo, com 17 anos, existe a motivação por causa da campanha ruim no último Sul-Americano.
- Como fomos eliminados na primeira fase (em 2013), agora vamos dar o máximo para tentar a vitória.
DE OLHO NA OLIMPÍADA
Além da missão de passar uma boa imagem do futebol brasileiro, os garotos têm no Sul-Americano o objetivo de se credenciarem na briga por uma vaga nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. O técnico Alexandre Gallo também comanda a equipe olímpica e desenvolve no sub-20 um trabalho integrado. Nomes como o atacante Thalles, do Vasco, e do zagueiro Nathan Cardoso, do Palmeiras, já foram convocados para o projeto de 2016.
- Meu maior sonho é essa Olimpíada. Vou poder ter esta oportunidade no Sul-Americano, vou querer aproveitar essa chance. Estar com esta camisa é muito legal, uma honra muito grande – disse o atacante Gabriel, do Santos.
Gabigol, como é conhecido, é um dos nomes mais conhecidos do elenco, que conta ainda com o atacante Malcom, do Corinthians, o meia Nathan, do Atlético-PR, e o zagueiro Marlon, do Fluminense. A maioria já atua na equipe profissional de seus respectivos clubes, mas o técnico Gallo não acredita que isso dá uma vantagem à seleção brasileira.
- Acho que os nossos adversários estão no mesmo nível. O Chile tem um centroavante que joga na Itália. A Colômbia tem um atacante que joga com o (Lucas) Evangelista na Udinese. São jogadores que já defendem suas equipes principais e vão trazer dificuldades para a gente. Acabou esse tempo em que o Brasil entra como favorito. Temos que trabalhar e muito.
Viemos com esse grupo já há algum tempo, os jogadores que estão com a gente, nós temos acompanhado há bastante tempo.
COLÔMBIA É PRINCIPAL RIVAL, SEGUNDO GALLO
O Sul-Americano tem início nesta quarta-feira, às 20h (de Brasília) com o duelo entre Argentina e Equador – depois, no mesmo dia, às 22h, Paraguai e Bolívia se enfrentam, também pelo Grupo A, que será disputado na cidade de Colonia. O regulamento é o mesmo dos outros anos: os times são divididos na primeira fase em dois grupos de cinco, com os três melhores de cada chave avançando para o hexagonal final, em Montevidéu. O Brasil está no Grupo B, sediado em Maldonado.
Neste caminho para recuperar espaço na categoria, o Brasil terá um grupo difícil pela frente, com o anfitrião Uruguai, Chile, Venezuela e a atual campeã Colômbia, apontada por Gallo como principal adversário no torneio.
- Nesse período, acho que a evolução da Colômbia, nesses dois últimos anos, foi muito grande. Nós enfrentamos eles lá em Toulon, é uma equipe muito boa, técnica, muito forte fisicamente. Acho que não vamos ter facilidade. Nosso grupo é um grupo forte, com adversários que sempre trazem dificuldade para a gente. É o que eu falo para os atletas: temos que estar melhor fisicamente e tecnicamente, entrar no jogo, fazer o nosso perfil, deixando de lado essa questão de arbitragem. Sem cair na provocação, jogar nosso futebol. – analisou o treinador.
O primeiro teste acontece na próxima quinta-feira, às 20h (de Brasília), quando a seleção brasileira enfrenta o Chile. Durante a preparação na Granja Comary, em Teresópolis, Gallo aproveitou para observar bastante o time. Alguns atletas não deixaram a equipe titular em momento algum, casos do goleiro Marcos, do zagueiro Marlon, do lateral-esquerdo Caju, do meia Nathan e do atacante Marcos Guilherme.
No último teste, contra o Macaé, vencido por 3 a 2, Gallo levou a campo a seguinte formação: Marcos, Auro, Marlon, Eduardo e Caju; Thiago Maia, Gerson e Nathan; Marcos Guilherme, Thalles e Kenedy. Caso nada se altere, serão estes 11 jogadores os responsáveis por começar a tentar reerguer o futebol brasileiro.
Últimas notícias
Homem é preso com cocaína após denúncia de usuário em Teotônio Vilela
Jovem fica ferido em colisão envolvendo dois carros e uma moto em Maceió
Bolsonaro está deprimido e ansioso por conta dos soluços, dizem médicos
Governo torna obrigatória exibição de filmes brasileiros nos cinemas
Hospital confirma cirurgia de Bolsonaro para esta quinta (25)
Motociclista fica ferido após colisão com carro de luxo em avenida de Maceió
Vídeos e noticias mais lidas
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Alagoas registrou aumento no número de homicídios, aponta Governo Federal
Estado de Alagoas deve pagar R$ 8,6 milhões a motoristas de transporte escolar
