32 minutos e 38 segundos. Foi esse o tempo que o Brasil demorou para ficar à frente do Chile pela primeira vez na partida desta sexta-feira, pela última rodada do Grupo A, do Campeonato Mundial masculino de handebol, na Arena Lusail, no Qatar. O gol de Lucas Cândido no início do segundo tempo foi o primeiro sinal de tranquilidade dos brasileiros na partida. A vitória por 30 a 22 deu uma vaga para o time comandado por Jordi Ribera nas oitavas de final da competição, com o quarto lugar na chave. Mas foi muito mais tensa do que o esperado.

A Seleção Brasileira precisava vencer para se garantir na próxima fase da competição sem depender do resultado do jogo entre Bielorrússia e Qatar, com início marcado para as 14h (de Brasília). Os bielorrussos estavam diretamente na luta pelo quarto posto, mas estão em desvantagem nos critérios de desempate. Mas diante de um adversário mais fraco tecnicamente e que não tinha vencido qualquer partida no torneio, o Brasil mostrou muito nervosismo, cometeu erros bobos e teve seu pior desempenho até o momento.

Nem mesmo a entrada de atletas mais experientes na equipe, como Zeba e Diogo Hubner deram resultado. Se o aproveitamento ofensivo melhorou um pouco – ainda longe do ideial – e os goleiros Bombom e Rick fizeram defesas importantes, os brasileiros erraram demais na transição. Em muitas jogadas, aconteceram diversos erros de passe.

Só para se ter uma ideia da situação, até então no campeonato o Chile não tinha terminado o primeiro tempo na frente dos adversários. Contra o Brasil, foi diferente. Os chilenos lideraram a primeira parte da partida por 13 a 12.

No segundo tempo, o Brasil melhorou um pouco. O suficiente para terminar a partida com a vitória. O jovem armador João, de 20 anos, entrou bem no duelo e fez gols importantes. Mas mesmo com a virada e a classificação, a impressão que fica da partida desta sexta-feira não é muito boa.

Depois de bons jogos contra Espanha e Bielorrússia, a Seleção Brasileira não rendeu o esperado no jogo final da primeira fase. Pelo menos, o principal objetivo, que era a classificação às oitavas de final, foi alcançado. Mas para sonhar em bater a poderosa Croácia na fase decisiva vai ser preciso muito mais.