O Campeonato Brasileiro da Série C tem início marcado para o mês de maio, mas já pode ter mudanças entre os clubes participantes. Sem dinheiro e devendo salários ainda do ano passado, o Águia, de Marabá, deve desistir da competição. Uma reunião ainda nesta semana deve definir a permanência do clube.

Além de não pagar um mês e meio de salário aos jogadores que atuaram na Terceirona de 2014, neste ano o clube foi condenado a pagar R$ 380 mil a um funcionário que acionou a Justiça Trabalhista. O problema é que o clube não vem tendo o apoio de investidores e parceiros, o que deixa inviável a manutenção do time na Série C.

O presidente do clube, Sebastião Ferreira, conhecido como Ferreirinha, agendou uma reunião para o próximo sábado com empresários e conselheiros da cidade paraense para definir se o Águia disputará a competição. O dirigente prevê a desistência e diz que precisa de, no mínimo, ajuda de R$ 300 mil para colocar o time em campo. Do contrário ele comunicará a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) da saída.

“Possivelmente não vamos participar, não é definitivo, mas hoje não teríamos como bancar todos esses custos para, pelo menos, manter o Águia na Série C”, comentou Ferreirinha.

Atualmente o Águia recebe ajuda mensal com patrocínios de R$ 50 mil. Montante insuficiente para sequer manter um time paulista numa Série A3 – considerada a Terceira Divisão Estadual.

A desistência já movimenta os bastidores e deixa alguns clubes atentos e que podem pleitear sua vaga na Série C. O Treze, que caiu no ano passado, deve ser o principal interessado.