Futebol

Séries A, B e C demitiram 17 treinadores neste ano

Por 7 Segundos com Super Esportes 10/06/2015 11h11

A dança dos técnicos vem movimentando o futebol brasileiro nesta temporada. Das 60 equipes que disputam as Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, 17 já trocaram de técnico desde a primeira rodada das competições, iniciadas do começo de maio.

Nesta terça-feira, Oswaldo de Oliveira, Moacir Júnior e Luiz Antônio Zaluar se juntaram a uma ampla lista de profissionais punidos pela falta de resultados imediatos neste início de Brasileiro. Tanto o ex-palmeirense como o ex-comandante do Criciúma deixaram seus clubes com 33,3% de aproveitamento dos pontos no Nacional. No entanto, os contextos das demissões são diferentes entre si, já que Moacir se desligou do clube por vontade própria, enquanto Oswaldo e Luiz Antônio foram demitidos pelas diretorias.

Desde nomes consagrados no futebol nacional, como Luxemburgo e Felipão, até nomes da nova geração como Ricardo Drubscky e Claudinei de Oliveira, as demissões e a pressão por resultados imediatos assombraram o mundo dos treinadores neste início de Campeonato Brasileiro. Confira a lista dos 17 treinadores demitidos até aqui nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro em 2015:

Felipão (Grêmio): O técnico da Seleção Brasileira durante o vexame na Copa do Mundo de 2014 entregou o cargo após duas rodadas sem vencer no Brasileiro. Na última semana, Scolari acertou com o Guangzhou Evergrande, da China, time do meia Ricardo Goulart. Para o lugar de Felipão, o Grêmio acertou com o ex-lateral Roger.

Ricardo Drubscky (Fluminense): Um dia depois que Scolari deixou o Tricolor Gaúcho, o Tricolor Carioca também anunciou o desligamento de seu então treinador Ricardo Drubscky. O mineiro de 55 anos ficou apenas dois meses à frente do Fluminense, com cinco vitórias e três derrotas. Enderson Moreira assumiu a equipe poucos dias depois.

Vanderlei Luxemburgo (Flamengo): Ainda no Rio de Janeiro, o Flamengo também trocou de comando depois de duas derrotas e um empate nas três primeiras rodadas do Brasileirão. Cristóvão Borges, ex-Flu, assumiu o Rubro-Negro e Luxa nem teve tempo de lamentar o desemprego: uma semana depois, assinou com o Cruzeiro.

Marcelo Oliveira (Cruzeiro): Na Raposa, Luxa substituiu o bicampeão brasileiro Marcelo Oliveira. O treinador foi demitido do clube celeste após dois anos de trabalho devido aos resultados ruins neste início de ano, principalmente a eliminação na Copa Libertadores jogando em casa diante do River Plate. No Brasileiro, o Cruzeiro perdeu três jogos e empatou um nas partidas em que atuou sob o comando de Marcelo. Hoje, o técnico é o principal cotado para assumir o Palmeiras no lugar de Oswaldo de Oliveira.

Hemerson Maria (Joinville): Talvez a demissão mais compreensível da Série A do Brasileirão. Mesmo depois de ter sido campeão catarinense, o JEC iniciou de maneira pífia o Brasileirão, com quatro derrotas em cinco jogos e a lanterna da competição. Com isso, a diretoria do JEC decidiu trocar Hemerson Maria pelo experiente Adilson Batista.

Oswaldo de Oliveira (Palmeiras): Uma vitória, três empates e duas derrotas em seis partidas. Perpetuação do jejum sem vitórias em seu estádio por Campeonatos Brasileiros desde sua reinauguração. Falta de padrão de jogo e variação tática da equipe. Todos esses fatores contribuíram para que a torcida palmeirense perdesse a paciência com Oswaldo de Oliveira e pressionasse pela sua demissão, confirmada nesta terça. Marcelo Oliveira e Cuca são alguns dos nomes cotados para assumir o Alviverde.

Josué Teixeira (ABC): Os quatro pontos conquistados nas três primeiras rodadas da Série B não foram o principal motivo que levou a diretoria do ABC a demitir Josué Teixeira, e sim a eliminação da equipe na Copa do Brasil diante do Paysandu. Para o seu lugar, o Mais Querido apostou em Gilmar Dal Pozzo, ex-Criciúma e Chapecoense.

Claudinei de Oliveira (Vitória): Depois de apenas dois meses à frente do Vitória, Claudinei de Oliveira deixou o comando da equipe baiana. O ex-santista foi o segundo treinador a ser mandado embora do clube apenas neste ano, junto de Ricardo Drubscky, depois de mais uma eliminação no ano, desta vez, diante do ASA pela Copa do Brasil. Nesta segunda-feira, Vagner Mancini foi apresentado pelo Leão para a sequência da temporada.

Edinho (Mogi Mirim): Quatro jogos sem vitória nas quatro primeiras rodadas da Série B foram suficientes para que o pentacampeão Rivaldo, presidente do Mogi Mirim, demitisse Edinho Nascimento. O filho do Rei Pelé foi substituído por Aílton Silva, ex-Portuguesa.

Marcelo Martelotte (Atlético-GO): Quem também demitiu dois treinadores só nesta temporada foi o Atlético-GO. Após quatro jogos sem vencer e uma frustrante derrota diante do Luverdense no Serra Dourada, a diretoria do Dragão rompeu com Marcelo Martelotte. Nesta terça-feira, o clube anunciou a contratação de Jorginho, ex-Palmeiras.

Ney da Matta (Boa Esporte): Com uma das piores campanhas da Série B (quatro derrotas em seis partidas), o Boa Esporte também decidiu trocar de comando. Ney da Matta foi demitido da equipe mineira após o revés diante do Oeste em casa. O novo técnico da Coruja deve ser anunciado ainda nesta semana.

Alexandre Barroso (CRB): Os sete pontos conquistados nas primeiras seis rodadas da Série B não agradaram a diretoria do CRB, que decidiu pela demissão de Alexandre Barroso. Nesta terça, o Galo da Pajuçara apresentou o novo treinador, Mazola Junior, ex-Botafogo-SP.

Moacir Júnior (Criciúma): Os 42% de aproveitamento nos sete jogos em que esteve à frente do Criciúma e a pressão da torcida foram fatores cruciais para que Moacir Junior anunciasse, na última terça, seu desligamento do Tigre. Dois meses depois de sua contratação, o treinador está novamente no mercado.

Marcelo Vilar (Botafogo-PB): O treinador que recolocou o Belo no caminho dos títulos, ao quebrar um jejum de 10 anos e conquistar o bicampeonato paraibano de 2013 e 2014 e a Série D do Brasileirão de 2013, não resistiu às crescente pressões que vinha sofrendo da torcida e foi demitido. Para o seu lugar foi contratado Roberto Fonseca.

Ademir Fonseca (Guarani): A passagem do treinador por Campinas durou exatos dois meses. Apresentado em 30 de março como substituto de Marcelo Veiga, Ademir Fonseca dirigiu o Guarani em nove oportunidades. Foram três vitórias, três empates e três derrotas, entre jogos da Série A2 do Paulista e também da Série C do Brasileiro. Os maus resultados recentes e a falta de reação da equipe irritaram o presidente Horley Senna, que tomou a decisão de dispensar o técnico. Para o seu lugar foi contratado Paulo Roberto.

Vladimir de Jesus (Icasa): A atual campanha do Verdão já é a pior da história do clube em sete participações na competição, contabilizando quatro derrotas em quatro jogos. Vladimir deixou o Verdão após exatos nove meses de ter recebido o time à beira do rebaixamento da Série B para a C. A queda foi inevitável, porém o aproveitamento a frente do time levou à sua permanência para a terceira divisão nacional. Para o seu lugar foi contratado Maurílio Silva.

Luiz Antônio Zaluar (Caxias): A decisão foi comunicada ao treinador após reunião da direção. Zaluar, considerado o melhor técnico do Gauchão comandando o Cruzeiro, chegou ao Caxias em 14 de abril e participou de toda a intertemporada para a disputa da Série C. O treinador comandou o time em quatro jogos oficiais, obtendo dois empates, contra Madureira e Juventude, e duas derrotas, para Tombense e Brasil-Pe. Até o momento a diretoria não confirmou o nome do novo treinador.