Após seis anos no Mogi, Rivaldo perde milhões e vê existência do time ficar por um triz

Na última segunda-feira, Rivaldo, de 43 anos, anunciou que vai voltar a jogar, em uma tentativa desesperada de salvar o Mogi Mirim da queda para a Série C. O clube é propriedade do pentacampeão desde 2008, e, apesar de estar na segunda divisão nacional e na elite do Campeonato Paulista, vive penúria financeira e vê sua existência por um triz, segundo os últimos balanços.
Rivaldo assumiu o "Sapão" (e todas as dívidas anteriores) em 2008, tendo seu primeiro balanço publicado em 2009: prejuízo de R$ 2,144 milhões.
Desde então, essa foi a tendência nos seis anos da gestão do ex-jogador, já que apenas em 2013 o time alvirrubro não fechou a temporada no vermelho, tendo um lucro de R$ 7,610 milhões.
No total, após seis balanços fechados, o prejuízo acumulado de Rivaldo é de R$ 9,339 milhões, enquanto o passivo descoberto da equipe é de R$ 9,1 milhões.
Como comparação, um time como o Bragantino, também do interior paulista e que está na Série B, vem conseguindo manter as finanças em dia, ao contrário do clube alvirrubro. No ano passado, por exemplo, o time de Bragança Paulista apresentou lucro de R$ 946.367,00 no balanço.
Na opinião da LAM Auditores Indepententes, que fez o último relatório financeiro do Mogi, a equipe precisa de mudanças para se salvar.
"O MMEC mantém um passivo a descoberto de R$ 9.100.225 em 2014 (R$ 6.413.659 em 2013), situação esta que somente será revertida mediante a adoção de medidas que enfatizem, entre outras, a redução dos custos fixos, o aumento das receitas, a readequação estrutural e o aporte de recursos, aliados à melhoria substancial da gestão desses recursos, medidas essas que se não adotadas, poderão refletir na manutenção e continuidade de suas atividades funcionais", escreveu a auditoria.
O ex-jogador da seleção brasileira, porém, parece cansado de administrar o Mogi. No final do ano passado, ele chegou até a colocar a equipe à venda por meio do Instagram, alegando "motivos de ordem particular". No entanto, nenhum interessado apareceu.
O maior credor do "Sapão", inclusive, é o próprio Rivaldo, que coloca dinheiro do próprio bolso para tentar manter as contas em dia. Em 2013, o clube devia R$ 6.985.191,00 ao seu dono. O valor subiu para R$ 10.364.840,00 no balanço de 2014.
Para piorar, a média de público do Mogi Mirim é tão ruim (não chega nem a 1 mil pagantes por jogo) que, na semana passada, o presidente resolveu "brigar" com a torcida e aumentou o preço dos ingressos para R$ 100,00, o que deve deixar a média ainda pior e derrubar de vez a arrecadação nos jogos no estádio Romildo Vítor Gomes Ferreira.
"Eu quero ver se pagariam R$ 100 ou R$ 50 (pelos ingressos), quero ver se (os torcedores) têm amor como eu tenho pelo Mogi Mirim. Eu vou fazer o máximo que eu puder", disse Rivaldo, na ocasião.
Lanterna da Série B, o Mogi Mirim, que ainda não venceu nenhuma partida no torneio, volta a campo neste sábado, quando encara o CRB, às 16h30 (horário de Brasília), no Romildão.
Veja todos os balanços da gestão Rivaldo:
2009: prejuízo de 2,144 milhões
2010: prejuízo de 3,116 milhões
2011: prejuízo de 1,927 milhões
2012: prejuízo de 7,075 milhões
2013: lucro de 7,610 milhões
2014: prejuízo de 2,687 milhões
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