Seleção segue busca por referências, mas ignora veteranos em competições
Substituição na Seleção para os amistosos contra Costa Rica e Estados Unidos, nos dias 5 e 8 de setembro: sai Robinho, entra Kaká. A função? Referência. Não no ataque, como pivô, centroavante, nada disso. É referência no grupo, exemplo para os mais novos, jogador no qual os demais devem se espelhar. A vaga existe há tempos no grupo brasileiro. Pode-se dizer que, desde o fim da Copa do Mundo de 2010, com o surgimento da geração de Neymar, as comissões técnicas tentam emplacar veteranos nos quais os novatos possam se apoiar.
Só que as tentativas não têm dado em nada. A ciranda entre Robinho, Kaká e Ronaldinho Gaúcho, outro bastante experimentado entre 2011 e 2013, não serviu para que eles assumissem papéis de protagonistas ou sequer garantissem lugar nas competições mais importantes.
Na última Copa América, por exemplo, Robinho só teve chance depois que Neymar foi suspenso.
Sem o craque, Dunga optou pela experiência para tentar um outro tipo de liderança sobre os companheiros. Papel bem diferente do que ele exercia na edição anterior, em 2011, quando era titular sob o comando de Mano Menezes, mas também servia como referência principalmente para os jovens Neymar e Ganso, seus antigos companheiros no Santos.
A transferência do atacante para o futebol chinês reabriu as portas para Kaká. Convocado por Dunga para amistosos no ano passado e inserido na lista prévia de 30 nomes para a Copa América – acabou não sendo inscrito no torneio –, o meia de 33 anos do Orlando City, além de auxiliar na divulgação da Seleção nos Estados Unidos, será o novo exemplo a ser seguido.
Logo que substituiu Dunga em 2010, Mano manteve Robinho na equipe. Depois do fiasco na Copa América, trocou a referência por Ronaldinho Gaúcho. Não deu certo. Quando o técnico foi demitido, no fim de 2012, Kaká era presença constante nas listas e se encaminhava para ser "o cara" na Copa do Mundo. Mas o fato é que nas Olimpíadas de 2012, em Londres, nenhum deles ocupou uma das vagas reservadas para jogadores com mais de 23 anos.
Luiz Felipe Scolari, em um ano, tentou Ronaldinho, Kaká e Robinho. Mas não levou nenhum deles nem para a Copa das Confederações, em 2013, nem à Copa do Mundo de 2014.
De volta a partir de agosto do ano passado, Dunga também iniciou sem o trio, mas abriu espaço para Robinho logo na primeira convocação, em razão do corte de Hulk. Depois, aproveitou-se da lesão de Ricardo Goulart para levar Kaká de volta. Ele admite, assim como havia feito antes da Copa América, que o papel deste jogador pode ser mais importante fora de campo que dentro.
– O Kaká é uma referência, assim como trouxemos o Robinho da outra vez. Tem experiência e maturidade para nos ajudar em momentos difíceis. Vai fazer um trabalho importante dentro e fora do campo – afirmou o técnico após a convocação da última quinta-feira.
Resta saber se os veteranos terão fôlego até a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, ou, mais uma vez, servirão apenas para tentar preparar os mais jovens para os momentos cruciais.
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